Tecnologia e funcionários qualificados são atrativos das grandes empresas para jovens empresários Foto: RIA Nóvosti
Depois de entrevistar mil empresários com idade inferior a 40 anos, os pesquisadores da Accenture e da Aliança de Jovens Empreendedores do G20, descobriram que os jovens empresários desses países acreditam serem uma importante fonte de inovações tecnológicas em seus países. Entre os entrevistados, 10% eram russos.
No entanto, ao considerar os resultados da pesquisa, o otimismo dos empresários russos permanece abaixo da média. Se entre os australianos e americanos, 89 e 87%, respectivamente, sentem-se como propulsores do progresso, entre os russos esse percentual é de somente de 68%.
O vice-presidente do Instituto Nacional de Estudos Sistemáticos de Problemas do Empreendedorismo, Vladímir Buev, não ficou surpreso com os números. “Hoje, as inovações são promovidas pela ciência e são necessárias maiores ferramentas para o desenvolvimento de novos produtos competitivos”, acredita o especialista. “Por essa razão, na prática, quanto menor for o negócio, menor também é sua chance de ser inovador.”
Os jovens empresários do G20 acreditam que sua capacidade de contribuir para o crescimento econômico depende do trabalho colaborativo com as grandes empresas – 35% de todos os entrevistados e 30% na Rússia informaram que têm trabalhado em colaboração com grandes empresas, enquanto 46% e 58%, respectivamente, pretendem iniciar essa cooperação nos próximos dois anos.
Entre as vantagens de se trabalhar com grandes empresas, eles mencionaram a oportunidade de entrar em novos mercados, além de obter uma força de trabalho qualificada, alta tecnologia e financiamento.
Apesar disso, os empresários também esperam mais apoio do Estado. Dois terços deles estão insatisfeitos com as políticas atuais do governo em prol da inovação empresarial: 49% dos entrevistados gerais e 57% dos russos alegaram que o auxílio estatal é insuficiente ou ineficaz. Suas principais expectativas referem-se à concessão de benefícios fiscais, oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento no campo da tecnologia, bem como o financiamento do governo para empreendedores e pequenas empresas.
Buev contesta, porém, a ideia de que o Estado russo gasta poucos recursos em apoio aos jovens empresários. “Para o programa federal de apoio à pequena empresa, somente o Ministério da Economia aloca anualmente mais de 20 bilhões de rublos do orçamento federal”, lembra Buev.
O problema, segundo o especialista, é a eficácia da aplicação do capital investido. “Os fundos vão para os subsídios, reembolso de gastos dos empresários, microcrédito, organização de seminários e incubadoras de empresas. Mas nosso instituto realizou uma pesquisa entre 2008 e 2010, não encontramos nenhuma alteração perceptível no contexto dessas empresas.”
Publicado originalmente pelo vedomosti.ru
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