Os especialistas dos EUA acreditam que quase todas as reservas de petróleo de xisto na Rússia encontram-se nas jazidas de petróleo na região de Bajenovskaia, Sibéria Ocidental Foto: ITAR-TASS
A direção da Agência Norte-Americana de Estudos sobre Energia (EIA, na sigla em inglês) publicou pela primeira vez uma avaliação das reservas petróleo de xisto e de gás tecnicamente recuperáveis na maioria dos países produtores de petróleo.
Com isso, descobriu-se que a Rússia ocupa o primeiro lugar em termos de reservas de petróleo de xisto e o nono em reservas de gás de xisto
A EIA avalia as reservas mundiais totais de xisto em 345 bilhões de barris, dos quais 75 bilhões são da Rússia, 58 bilhões dos Estados Unidos, e 32 bilhões da China.
Os especialistas dos EUA acreditam que quase todas as reservas de petróleo de xisto na Rússia encontram-se nas jazidas de petróleo na região de Bajenovskaia, Sibéria Ocidental, e apontam para a complexidade para a sua extração: com um volume total de reservas de 1,24 trilhões de barris, mesmo sem considerar a eficiência econômica, somente 6% são de reservas recuperáveis.
Lukoil, Rosneft com a ExxonMobil e Gazprom Neft com a Shell planejam iniciar o seu desenvolvimento experimental nos próximos anos. Em contraste, nos Estados Unidos, graças à larga aplicação da tecnologia de fratura hidráulica [fracting] e perfuração inclinada, o petróleo de xisto já representa 30% da produção total.
Foram as reservas de petróleo de xisto que permitiram manter o valor do barril de petróleo abaixo de US$ 120 durante as sanções impostas contra o Iraque.
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As reservas mundiais totais de gás de xisto são estimadas em 206 trilhões de metros cúbicos. Os líderes em reservas de gás são a China (com 32 trilhões de metros cúbicos), seguida da Argentina (23 trilhões de metros cúbicos) e da Argélia (20 trilhões de metros cúbicos). Os Estados Unidos, líder mundial em extração de gás de xisto, está em quarto lugar em reservas, com 19 trilhões de metros cúbicos, e a Rússia, onde ficam as maiores reservas de gás tradicional, ocupa somente o nono lugar, com 8 trilhões de metros cúbicos.
“A EIA estimou somente as reservas tecnicamente recuperáveis e imediatamente alertou que as estimativas são de natureza ‘aproximada’. Além disso, deste estudo foram excluídas as formações potenciais de xisto, incluindo as regiões do Oriente Médio e mar Cáspio. O relatório aponta para um potencial significativo de crescimento de extração de petróleo de xisto e de gás, no entanto só o futuro mostrará como este aumento é possível sob o ponto de vista econômico” informou Adam Siminski, diretor da EIA.
Publicado originalmente pelo “Vedomosti”
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