País subiu seis posições, mas continua em defasagem em termos de cultura corporativa Foto: Kommersant-Vlast
No mais recente escola de negócios suíça IMD, a Rússia subiu seis posições para alcançar o 42o lugar no ranking de competitividade. A pesquisa avalia as condições de competitividade de 60 países a partir da análise de estatísticas nacionais e internacionais, bem como se baseia na pesquisa de opinião com executivos.
Os especialistas do IMD atribuem a subida da Rússia na relação à melhoria dos indicadores macroeconômicos do país, inclusive na área de finanças públicas e emprego. “Este ano a Rússia subiu para o 42º lugar para ficar entre a Letônia e o Peru, e está pela primeira vez à frente da Itália, Espanha e Brasil”, diz um relatório conjunto do IMD e da Escola de Negócios de Moscou.
A pesquisa opera quatro parâmetros: situação macroeconômica, qualidade da regulação e da infraestrutura e a eficácia do empreendimento. e leva em conta o potencial de crescimento dos países analisados, ao contrário do estudo que avalia a facilidade de se fazer negócios produzido pelo Banco Mundial.
O ranking de 2013 é liderado pelos Estados Unidos, Hong Kong e Suécia, seguidos por Cingapura, Noruega e Canadá. Os Emirados Árabes Unidos também obtiveram destaque ao subir do 16º para o 8º lugar. Entre as economias emergentes, os países mais promissores são a Malásia (15º lugar), China (21º lugar) e a Tailândia (27º lugar).
Os melhores indicadores macroeconômicos foram registrados nos EUA, Catar e China. De um modo geral, as economias em rápido crescimento estão à frente das desenvolvidas. Nessa categoria, por exemplo, a Rússia subiu 11 lugares passando para a 34ª posição. As principais razões foram o aumento recorde de emprego, a diminuição da inflação, a melhoria da estrutura do orçamento do Estado e a estabilidade da taxa de câmbio.
O ranking de qualidade da infraestrutura, no entanto, foi liderado pelos EUA. A Malásia e a China estão em 25º e 26º lugares, respectivamente, enquanto a Rússia caiu uma posição, passando para o 39º lugar. Os fatores negativos que contribuíram para a queda no ranking foram a situação da saúde pública, o baixo nível de proteção de informações e o baixo potencial de inovação da infraestrutura existente. Entre os fatores positivos, o IMD cita tarifas de eletricidade para as indústrias.
Na eficácia da administração pública, o país, que ficou com o 43º lugar, está na zona de rebaixamento, assim como a China e o Brasil (41º e 58º lugares, respectivamente). Os líderes são os Emirados Árabes Unidos, Hong Kong e Cingapura. A Malásia e o Chile ocupam a 15ª e a16ª posição, respectivamente, à frente da Alemanha, Reino Unido e os EUA.
Em termos de eficácia do empreendimento, a Rússia está no 53º lugar, atrás do Brasil e do Cazaquistão; quando o assunto é produtividade do trabalho, o país ficou em 53º lugar; 57º lugar em qualidade da gestão; 52º lugar no ranking referente a cultura corporativa.
Os aspectos mais problemáticos da Rússia apontados pelo IMD continuam a ser a regulamentação legal do empreendimento, a ordem pública e o ambiente institucional. Para os especialistas da escola de negócios, os maiores riscos estão associados à dependência do crescimento do PIB do preço do petróleo e à pressão excessiva sobre o orçamento do Estado diante das Olimpíadas de Sôtchi, em 2014, e da Copa do Mundo de 2018.
Publicado originalmente pelo Kommersant
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