Voos de cias áreas que operam no Domodêdovo ainda são caros demais Foto: Mathew G. Crisci
Até o final de 2014, Moscou pode ganhar um local para a operação de companhias aéreas de baixo custo. Os novos terminais devem ser construídos no aeroporto de Ermólino, na região de Kaluga, a 70 km da capital.
O plano de construir um aeroporto internacional para as companhias aéreas de baixo custo foi anunciado pela empresa aérea Utair em 2012. Segundo o acordo com a região de Kaluga, a companhia tem a obrigação de manter em Ermólino até 20 Airbus A-320 no valor total de US$ 2 bilhões, disse um representante da Utair.
A companhia propõe aos investidores aplicar US$ 200 milhões no aeroporto para construir terminais com capacidade para seis milhões de passageiros por ano, afirmou seu diretor-geral, Andrêi Martirosov. A Utair poderia financiar a modernização por conta própria, mas é impedida pelas autoridades antimonopólio.
Em Ermólino, não há restrições aéreas semelhantes às vigentes na região de Moscou, onde os aviões têm de sobrevoar os aeroportos por cerca de uma hora aguardando a permissão para pousar, adianta o executivo.
De acordo com Martirosov, sua companhia está em negociações com a Estradas de Ferro da Rússia e a empresa Aeroexpress para estabelecer uma ligação ferroviária direta entre Moscou e o aeroporto. Para viabilizar o projeto, é preciso estender a Ermólino a linha férrea que liga o aeroporto de Vnukovo (localizado a 73 km de Moscou na mesma direção) até a capital.
Segundo o governador da região de Kaluga, Anatóli Artamonov, a Utair cuida sozinha do projeto de modernização do aeroporto de Ermólino, enquanto o governo regional está focado no projeto do aeroporto em Kaluga.
"Acho que o aeroporto de Ermólino jamais será privatizado por ser usado também pelas tropas do Ministério do Interior. A única solução possível é modernizá-lo no âmbito de uma parceria público-privada", disse o governador.
No entanto, uma fonte do governo regional consultada pelo “Vedomosti” afirma que o projeto de modernização de Ermólino foi aprovado pelo governo federal. Em um decreto de 28 de dezembro de 2012, o governo permitiu à companhia aérea Utair utilizá-lo, adiantou a fonte.
As pistas de decolagem continuarão a ser propriedade do Estado, enquanto a terra no entorno, onde serão construídos novos terminais, se torna copropriedade da região de Kaluga e dos investidores locais.
Os investidores têm interesse pelo projeto, afirma Martirosov.
Já Mikhail Smirnov, presidente do conselho de administração da empresa Novaport, holding que administra aeroportos no país, diz não ter sido abordado para conversar sobre o assunto.
Ele considera o projeto bastante interessante, apesar da necessidade de investimentos a longo prazo e do fato de não ser rentável em pouco tempo.
“Se houvesse um plano de negócios e a possibilidade de saber quando os investimentos serão amortizados, a Novaport poderia participar da licitação para a compra de uma fatia do capital social do novo aeroporto, se tal licitação fosse anunciada”, disse Smirnov.
Publicado originalmente pelo “Vedomosti”
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