FMI reduz previsão de crescimento mundial de 3,5% para 3,3%

Foto: Flickr / SEIU International

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Pela quarta vez desde a metade do ano passado, o FMI mudou a previsão do crescimento econômico global em 2013. Na opinião dos analistas da organização, esse índice chegará a 3,3%. Segundo especialistas, a economia mundial é puxada para baixo não só pela zona do euro, como também pelos problemas nos EUA e na China.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) baixou a previsão de crescimento da economia mundial neste ano de 3,5% para 3,3%. Na opinião de especialistas da organização, os principais problemas são a zona do euro, afetada pela crise da dívida, e a recessão.

A instituição vem aumentando o pessimismo em suas previsões desde a metade do ano passado. Em julho, o fundo havia baixado a previsão para este ano de 4,1% para 3,9%. Na época, conforme o comunicado feito pelo presidente do fundo, Christine Lagarde, a decisão estava ligada aos problemas tanto das economias desenvolvidas dos EUA e da Europa, quanto dos mercados em desenvolvimento de Brasil, Índia e China.

Em outubro, o FMI baixou novamente a previsão de crescimento global, desta vez para 3,6%. Em relatório, foi ressaltado que a perspectiva de crescimento dependia do esforço, ou não, do governo americano e das autoridades europeias no sentido de estabilizar a situação.

Em janeiro deste ano, houve nova baixa de previsão: para 3,5%, com os especialistas da instituição apontando uma inesperada recessão persistente na zona do euro e um estado fraco do Japão, freando assim consideravelmente, na opinião deles, o crescimento da economia global em 2013.

O pessimismo dos especialistas do FMI é bem fundamentado, acredita o diretor do Departamento de Negócios Internacionais e de Instituições Financeiras do Bin-Bank, Iúri Amvrosiev.

"Não há 100% de certeza de concretização das previsões de perspectiva de baixa de crescimento, mas essas previsões devem estar refletindo corretamente a dinâmica atual –não só na Europa, mas também nos EUA, países asiáticos e outros. Por isso, o FMI está parcialmente com a razão", explica ele.

O crescimento da economia mundial é freado não só pelos problemas da zona do euro, avaliou Serguêi Suverov, chefe do Departamento de Análise da empresa de gestão Russkiy Standart.

"As estimativas a respeito da economia global, não somente do FMI, mas de vários especialistas independentes, estão se tornando mais pessimistas. Isso está relacionado, primeiro, ao efeito de sequestro de orçamento nos EUA, que começa a afetar sua economia. Além disso, a economia chinesa fica mais lenta se comparada com as previsões. Finalmente, a recessão da eurozona evidentemente se alonga, sem nenhuma saída clara da situação", pontua ele.

Na opinião dos especialistas do FMI, o crescimento da economia da Rússia neste ano chegará a 3,4%, expectativa mais otimista do que as estimativas do Ministério do Desenvolvimento Econômico, que preveem um índice de 2,8% para 2013.

 

Publicado originalmente no site Kommersant.ru

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