Investimentos imobiliários na Rússia atingem recorde de US$ 2,5 bi

Recorde anterior de US$ 843 milhões havia sido estabelecido em 2006 Foto: Alamy / LegionMedia

Recorde anterior de US$ 843 milhões havia sido estabelecido em 2006 Foto: Alamy / LegionMedia

Volume total de transações no primeiro trimestre deste ano foi 25 vezes superior ao mesmo período em 2012.

O investimento total em imóveis comerciais no primeiro trimestre de 2013 atingiu um nível recorde de aproximadamente US$ 2,5 bilhões, de acordo com relatório publicado pela empresa CBRE.

“Um valor tão alto não é comum nesse período, uma vez que as grandes transações são normalmente realizadas no final do ano”, afirma o diretor de pesquisa da CBRE, Valentin Gavrilov.

Para efeito de comparação, os investimentos em imóveis comerciais somaram US$ 101 milhões no primeiro trimestre do ano passado.

Gavrilov atribui o aumento a algumas transações importantes que tiveram início em 2012 , mas só foram concluídas nos primeiros meses deste ano.

De acordo com empresa Jones Lang LaSalle, cerca de 60% dos investimentos feitos no primeiro trimestre de 2013 tiveram como destino imóveis comerciais, ao contrários dos investimentos no anos anteriores, que eram antes injetados em escritórios.

Além disso, 96% de todas as transações foram realizadas em Moscou e a grande maioria dos investimentos (82%) foi feita por empresas estrangeiras.

“Nos próximos trimestres, a atividade de investimento pode sofrer uma forte contração devido à crise no Chipre”, aponta Gavrilov.

No entanto, o diretor-geral da empresa Colliers International, Nikolai Kazanski, acredita que as operações envolvendo imóveis comerciais continuarão a ser realizadas por meio da venda de empresas cipriotas, pois essa seria “a melhor maneira de estruturar transações”.

“A crise no Chipre está ligada principalmente aos bancos cipriotas e aos depósitos em suas contas, porém, as empresas cipriotas podem ter contas em outras jurisdições como, por exemplo, bancos suíços”, afirma Kazanski. “Portanto, esse é mais um problema dos depositantes de bancos em Chipre do que da jurisdição cipriota.” Segundo ele, a confiança no Chipre só poderá ser abalada dentro de 5 a 7 anos. 

A Jones Lang LaSalle não reviu a perspectiva de investimentos em 2013 devido à crise cipriota, mantendo-a na faixa de US$ 7,5 bilhões.

 

Publicado originalmente pelo Védomosti

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