Do total, 855 milhões de rublos foram enviados para as ONGs por meio de representantes diplomáticos Foto: Ap
No ano passado, a Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo) aprovou uma lei na qual ONGs que recebem dinheiro do exterior e exercem atividades políticas devem ser registradas como “agentes estrangeiros”.
Diante do termo empregado, o entrevistador alemão expressou certa preocupação fazendo uma analogia com a Guerra Fria. Porém, o presidente russo ressaltou ao jornalista que uma lei semelhante foi aprovada nos Estados Unidos e ainda permanece em vigor. “Adotamos exatamente a mesma lei, que não proíbe, não restringe e não fecha nada”, rebateu Pútin.
O presidente garantiu que a lei russa que não proíbe qualquer tipo de atividade para as organizações que recebem dinheiro do exterior, já que a intenção é “saber quem recebe esse dinheiro e para quais finalidades ele é utilizado”.
Para explicar a lógica da nova norma, Pútin resolveu questionar o entrevistador sobre quantas organizações não governamentais estrangeiras são financiadas pela Rússia. Ao perceber que o jornalista era incapaz de responder a pergunta, o presidente respondeu que há apenas duas: uma em Paris e a outra na América do Norte.
“Na Rússia, atuam hoje 654 ONGs que, como foi esclarecido agora, recebem dinheiro do exterior”, continuou o chefe de Estado russo. “Muitas dessas organizações se envolvem em atividades ligadas à política interna. Portanto, só pedimos a elas que confirmem o recebimento de fundos do exterior, já que a sociedade tem o direito de saber essas informações".
Ainda
durante a entrevista, Pútin falou sobre democracia e oposição na Rússia, assim
como planos após o encerramento de sua carreira política.
Publicado
originalmente pelo bfm.ru
Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: