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O monopólio da Gazprom na exportação de gás para o mercado europeu pode estar com os dias contados, de acordo com declaração do primeiro-ministro Dmítri Medvedev no Fórum Econômico Mundial em Davos.
“Agora temos fornecedores de gás privados e não devemos perder dinheiro”, declarou Medvedev. “Mas, antes de permitir que a Novatek e outros produtores forneçam combustível ao exterior, é preciso estudar cuidadosamente todas as consequências”, completou.
Atualmente, a gigante estatal russa Gazprom detém o monopólio exclusivo do fornecimento de gás ao exterior.
Segundo o vice-ministro da Energia, Pável Fiôdorov, o ministério e o governo russo estão estudando a possibilidade da liberar a exportação, que poderá ser feita já em fevereiro de 2013.
“O Ministério da Energia russo está preparando diversas emendas para a legislação de exportação”, declarou Fiôdorov.
Privadas na jogada
A maior petrolífera privada russa, a Novatek, tem hoje permissão para fornecer gás natural liquefeito apenas com agenciamento da Gazprom.
Agora, a Novatek quer obter o direito de fornecer gás de maneira independente. Em novembro de 2012, a empresa encaminhou ao Ministério da Energia uma proposta para transpor o monopólio da Gazprom. A resposta do ministro da Energia, Aleksandr Novak, foi que ministério estudaria a possibilidade.
A Gazprom, entretanto, deu indícios de que não concorda com a abertura. “Acreditamos que o sistema existente é eficaz”, disse o porta-voz da empresa, Serguêi Kuprianov, ao jornal RBC Daily.
De acordo com Vitáli Kruikov, analista da IFD Kapital, a exportação de gás natural liquefeito pela Novatek aumentaria a demanda por combustível russo na Europa. “Os europeus apoiam a diversificação de fornecedores. Se as exportações forem liberadas, a Novatek terá chance de conquistar uma boa posição no mercado”, completa.
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