Exército russo receberá minas anti-helicóptero

Minas serão ativadas por som das pás dos helicópteros e poderão também ser desativadas para evitar fogo amigo.

Minas serão ativadas por som das pás dos helicópteros e poderão também ser desativadas para evitar fogo amigo.

Maksim Blinov/RIA Nôvosti
Novos dispositivos explosivos revolucionam mercado bélico ao não se restringirem apenas a alvos terrestres.

Uma mina atingindo um alvo no céu pode soar como ficção científica, mas novos dispositivos anti-helicópteros serão usados em breve para defender pontos e rotas militares russas justamente com essa função.

"As novas minas funcionam em todas as condições meteorológicas", afirma o criador do novo armamento e diretor-geral da corporação FKP 'GkNIPAS', Vladímir Niiázov.

As minas são dispostas na superfície terrestre, e os soldados não precisam perder tempo cavando buracos. Cada uma delas contém 12 explosivos que são ativados quando um helicóptero inimigo entra em um perímetro de até 100 metros.

"As minas têm um sistema acústico que detecta o som das hélices dos helicóptero. Quando um alvo voa a determinada altura, a mina é disparada, enviando 12 explosivos para os ares e perfurando tudo em seu caminho a uma velocidade de dois a três quilômetros por segundo", explica Niiázov.

Segundo ele, os helicópteros amigáveis poderão sobrevoar as minas sem ativá-las. "O campo de minas pode ser ativado e desativado por um operador a partir de uma base militar”, disse. 

O novo sistema de minas já passou por todos os testes e será entregue ao exército russo nos próximos anos. Mas analistas militares acreditam que a Rússia usará a nova arma em operações no exterior, temendo a possibilidade de episódios de fogo amigo.

"Os terroristas do Estado Islâmico não têm helicópteros, seus veículos não tripulados podem ser destruídos pelos sistemas de defesa antiaérea portáteis. Assim, as novas minas devem passar a maior parte do tempo em depósitos", diz o analista do jornal Izvêstia, Aleksêi Ramm.

Para Niiázov, porém, a nova arma tem potencial para exportação. "Já realizamos diversos encontros com representantes militares da China, Emirados Árabes Unidos e Irã. Mas só começaremos as negociações quando recebermos permissão da [agência estatal russa de exportação de armamentos] Rosoboronexport", diz Niiázov.

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