Marinha se prepara para testes militares no Mediterrâneo

Lançamento de míssil de cruzeiro Kalibr a partir do Mediterrâneo

Lançamento de míssil de cruzeiro Kalibr a partir do Mediterrâneo

RIA Nôvosti
A esquadra do Mediterrâneo da Marinha de Guerra russa realizará manobras junto a costa da Líbia de 25 a 27 de maio. Segundo observadores, objetivo da iniciativa é promover os mísseis de cruzeiro Kalibr e J-35 entre os países norte-africanos.

De acordo com um comunicado enviado pelo Ministério da Defesa russo às companhias aéreas, navios militares da Marinha russa farão o disparo de mísseis durante exercícios próximos à costa da Líbia, entre os dias 24 e 27 de maio.

O documento ressalta a necessidade de limitar os voos sobre zonas situadas a 150 km da capital do país, Trípoli (na prática, porém essa área engloba toda a costa líbia).

Mísseis ainda em segredo

Segundo a imprensa russa, sete navios da Marinha russa e um submarino, o Krasnodar, estão atualmente posicionados no Mediterrâneo. Entre as embarcações há duas fragatas equipadas com mísseis, um grande navio anfíbio de ataque, e outro de reconhecimento. Os três barcos restantes são usados para carga e fornecimentos.

“A zona dos exercícios depende dos sistemas que serão testados: mísseis de cruzeiro Kalibr, mísseis antinavio 3M54 ou mísseis J-35 para a bateria Uran”, explicou à Gazeta Russa o editor-chefe da revista “Arsenal Otetchestva”, Víktor Murakhovski.

Para garantir a segurança de navios e aviões, os soldados russos estabeleceram uma zona de exclusão que abrange o dobro da distância do lançamento dos mísseis.

“O tipo especifico de mísseis que a frota testará e mostrará aos líbios só será conhecido durante os exercícios. Nenhum país tem a obrigação de fornecer dados sobre as armas que utilizam em suas manobras”, disse Murakhovski.

Ainda assim, espera-se que todas as manobras realizadas pela esquadra russa sejam acompanhadas por aviões de reconhecimento e embarcações da Otan.

“Durante os exercícios, haverá na zona definida aviões de reconhecimento P-8 Poseidon e Boeing RC-135, além de barcos de reconhecimento das frotas da Otan presentes no Mediterrâneo”, acrescentou o editor.

Propaganda na região

O porta-aviões Almirante Kuznetsov e seus navios de escolta atracaram em um porto líbio há cerca de um ano, ao retornar da Síria. Durante a passagem, as embarcações foram visitadas por uma delegação com autoridades militares do país norte-africano.

“O objetivo desta expedição à Líbia, e da última, é simples: mostrar as capacidades e o armamento de nossa esquadra. A ideia é retomar as negociações e expandir a nossa cooperação militar com Trípoli”, diz o analista militar do “Izvêstia”, Dmítri Safonov.

“As manobras serão realizadas com o consentimento das autoridades do país, e, no momento do lançamento, uma delegação líbia estará em nossos navios observando as ações dos nossos navios e as capacidades dos nossos mísseis navais”, acrescenta.

Ainda segundo Safonov, além da delegação líbia, também é possível que representantes da força naval do Egito estejam presentes a bordo.

“Os lançamentos de mísseis serão conduzidos nas proximidades e acredito que também serão convidados a visitar os nossos barcos. Temos um contrato com Cairo para o fornecimento de caças MiG-29 e helicópteros Ka-52K para porta-aviões do tipo Mistral. Nossas autoridades estão interessadas ​​em ampliar essa parceria”, conclui.

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