Centro busca instrutores estrangeiros, inclusive norte-americanos, para compor equipe de treinamento
APA China solicitou ao governo russo permissão para que suas forças especiais passem por um treinamento antiterrorista em um instituto privado em Gudermes, na Tchetchênia.
O Conselho de Segurança da Rússia e o Ministério dos Negócios Exteriores do país estão estudando a proposta, informou Daniil Martinov, diretor do Centro de Treinamento de Forças Especiais.
Segundo Martinov acrescentou, os militares chineses abordaram o centro durante a última edição da Competição Anual de Guerreiros, na Jordânia, onde uma divisão tchetchena ganhou o primeiro lugar.
Troca de experiências
Em julho de 2016, uma delegação composta por oficiais dos serviços de segurança chineses visitou a capital tchetchena de Grózni. Neste mês, uma delegação russa, composta por representantes do instituto, retribuiu a visita à região de Xinjiang, no noroeste da China, que enfrenta uma insurgência separatista.
“Foi uma experiência interessante porque as unidades tchetchenas e chinesas operam em condições diferentes”, disse Martinov.
“Temos vasta experiência no campo da identificação de homens-bomba em locais públicos e como lidar com cintos suicidas. Mas os chineses desenvolveram sistemas eficazes para evitar o uso de armas brancas. Isso também é útil para nós, e vamos implementar”, completou.
Segundo o diretor do centro, os chineses estão prontos para “voar [para a Tchetchênia] amanhã”, porém, o treinamento só poderá ter início depois que todas as autorizações de segurança forem obtidas.
Criação de Kadirov
O Centro Internacional de Treinamento de Forças Especiais em Gudermes, na Tchetchênia, irá operar plenamente a partir de 2018.
As instalações, que ocupam mais de 400 hectares, incluem pista de pouso própria e cerca de 40 estruturas para exercícios antiterroristas em ambientes urbanos simulados.
O centro inclui ainda um túnel de vento, um campo de treinamento para lidar com minas e um complexo de paraquedismo.
Embora idealizado pelo líder tchetcheno Ramzan Kadirov, o centro será mantido apenas com investimento privado. Em novembro passado, Kadirov declarou estar procurando instrutores estrangeiros, incluindo “caras durões” dos EUA.
Dez instrutores norte-americanos já tinham se candidatado ao trabalho no centro, segundo o presidente tchetcheno. A expectativa é que o complexo gera emprego para, no mínimo, 200 pessoas.
Com o jornal on-line Gazeta.ru
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