Disparo a partir do Mediterrâneo contra posições da Frente al-Nusra
Ministério da Defesa/TASSA Índia anunciará em breve à Rússia seu interesse em comprar novos mísseis de cruzeiro Kalibr, usados recentemente durante a campanha na Síria, segundo declarou uma fonte diplomática não identificada à agência de notícias Ria Nôvosti.
Segundo a fonte, a questão será discutida e a proposta, entregue, durante futuras visitas do presidente russo Vladímir Pútin à Índia.
Além de visitar a cidade de Goa para a 8ª cúpula de líderes do Brics, em outubro, Pútin irá a Nova Déli para um encontro bilateral Rússia-Índia antes do final do ano.
Os Kalibr são equipados com o mais recente sistema de orientação de alta precisão, porém com autonomia de voo reduzida conforme estipulam as normas internacionais.
“O Kalibr é orientado por satélite de alta precisão e, por isso, sua aplicação requer cooperação muito estreita na esfera militar, já que os indianos terão acesso a um modelo tridimensional da Terra, mapas, regiões e as frequências militares [do sistema russo de localização por satélite] Glonass”, disse o chanceler russo Serguêi Lavrov.
“Essas oportunidades não são dadas a qualquer um, apenas a aliados mais próximos”, completou.
Lançamento múltiplo de mísseis Kaliber a partir de submarino Foto: Zvezda
A um passo do Kalibr indiano
A Marinha indiana já possui mísseis Kalibr, mas apenas a versão antinavio.
A atualização usada para ataques contra terroristas na Síria se distingue pela presença de um novo sistema de orientação de alta precisão, mas o alcance da versão para exportação será reduzido, até 300 km, para não violar acordos internacionais.
Ainda assim, acredita-se que, com o advento dos mais recentes mísseis Kalibr, os militares indianos terão não só novas capacidades de combate, mas serão capazes de se preparar para começar a desenvolver o míssil de cruzeiro localmente.
“Os indianos estão desenvolvendo seus próprios mísseis de cruzeiro de médio alcance chamados ‘Nirbhay’. O primeiro teste bem-sucedido foi realizado este ano, mas ainda estamos muito longe de adotá-los”, disse Peter Topitchkanov, oficial do programa “Os problemas da não proliferação”.
“A compra do Kalibr ajudará em termos de desenvolvimento da tecnologia, para entender o papel desses sistemas nas forças armadas e também planos operacionais”, prevê Topitchkanov.
Publicado originalmente pelo jornal Izvéstia
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