Com venda, Argentina terá 5 unidades de Mi-171 na Antártica
DPA / Vostock-photoEm meados de julho, o comandante-chefe das Forças Terrestres da Rússia, Oleg Saliukov, visitou Buenos Aires para se reunir com o ministro da Defesa argentino, Julio Martinez e negociar a venda de um novo lote de helicópteros Mi-171, de acordo com a agência de notícias espanhola Infodefensa.
Se o acordo for assinado, a Argentina receberá três aeronaves, que serão usadas em missões na Antártica. Assim, o parque de helicópteros russos na Argentina terá cinco unidades.
Em 2010, o país sul-americano adquiriu dois helicópteros Mi-171E. O então chefe do Estado Maior das Forças Aéreas Argentinas, Normando Costantino, visitou pessoalmente a fábrica da empresa Helicópteros Russos em Ulan-Ude (5.650 km a leste de Moscou) para estudar o processo de produção.
Os Mi-171E, batizados pelos argentinos como "dragões de gelo”, realizam voos regulares ao aeroporto da cidade mais austral do mundo, Ushuaia.
A Argentina está investigando a Antártida muito ativamente. O país tem seis bases permanentes ali, abertas o ano inteiro e onde os cientistas vivem e realizam trabalhos de pesquisa biológica e meteorológica, além de sete campos temporários, abertos apenas durante o verão.
Helicóptero de múltiplas funções
Uma das principais vantagens do helicóptero Mi-171E é a sua multifuncionalidade.
A aeronave foi projetada para transportar 16 pessoas ou 12 feridos em macas acompanhados por pessoal médico.
O Mi-171E também pode transportar cargas de até 4 toneladas na cabine de carga ou em uma plataforma suspensa, assim como realizar missões de busca e salvamento, trabalhos de combate a incêndios e de patrulha.
Os Mi-171E adquiridos pela Argentina são essenciais para realizar a tarefa de fornecimento de equipamentos e alimentos às bases na Antártida.
Anteriormente, a Argentina usava helicópteros americanos Bell-212, que, ao contrário das aeronaves russas, só podiam voar às bases durante os três meses de verão.
Especialistas afirmam que, com a compra de novos helicópteros russos, a Argentina poderá prestar serviços de transporte às bases de outros países na Antártida, transformando assim a base de Marambio em um "hub" de apoio logístico na Antártida.
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