Fragata russa Yaroslav Mudry
Mil.ruO Comando da Marinha dos EUA afirma que a fragata russa Iaroslav Múdri deveria ser responsabilizada pelo incidente recente no Mediterrâneo, e não o contratorpedeiro de míssil guiado norte-americano Gravely, segundo publicou o portal on-line Defense News, citando autoridades de defesa dos EUA.
Segundo as informações divulgadas, em 17 de junho, o Iaroslav Múdri teria tentado intencionalmente interferir nas operações da transportadora norte-americana Harry S. Truman, que acompanhava o Gravely no Mediterrâneo. Além disso, a interação do navio de patrulha russo foi avaliada como “não profissional” quando o navio dos EUA solicitou que “fosse mantida uma distância segura. A fragata russa teria, então, feito um sinal internacional usado para relatar que o navio estaria com a capacidade de manobra limitada, insistindo que, quando o Gravely mudasse de rumo e velocidade, o Iaroslav Múdri faria o mesmo.
“A manobra demonstra que o 777 [Iaroslav Múdri] não estava, de fato, com a sua capacidade de manobra limitada, e, portanto, exibiu intencionalmente um sinal internacional falso”, alegam as autoridades norte-americanas.
O navio de guerra russo estava tentando interferir nas operações de Harry S. Truman, segundo a Marinha dos EUA, à medida que se aproximava do destroier norte-americano a uma distância de 300 metros e o transportador, a uma distância de cinco milhas náuticas.
“Temos profundas preocupações sobre as manobras inseguras e pouco profissionais do navio russo”, disse um oficial de defesa dos EUA cujo nome não foi revelado. “Essas ações têm o potencial de aumentar desnecessariamente as tensões entre países”, completou.
Mais cedo, o Ministério da Defesa russo já havia expressado opinião contrária em relação ao incidente no mar Mediterrâneo, alegando que o Gravely se aproximou perigosamente do Iaroslav Múdri violando, assim, as regras internacionais e os acordos bilaterais.
Fonte: YouTube/Russia Today
“Em 17 de junho, o contratorpedeiro de míssil guiado Gravely se aproximou do navio de guerra russo a uma proximidade perigosa de 60 a 70 metros no mar Mediterrâneo e cruzou a rota de navegação do navio de patrulha Iaroslav Múdri a uma distância perigosa de 180 metros da proa do navio”, declarou a assessoria de imprensa da pasta.
“O navio de guerra russo estava em águas internacionais, navegando de modo constante e sem fazer quaisquer manobras perigosas para o navio norte-americano”, acrescentou o ministério. Segundo o órgão, foram o comandante e a tripulação do destroier norte-americano que violaram o Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar.
“Deve-se ressaltar que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos vem constantemente acusando os pilotos e marinheiros russos de falta de profissionalismo. No entanto, esse incidente relativo à manobra perigosa do destroier Gravely mostrou que os marinheiros da própria Marinha dos EUA se permitem esquecer os princípios fundamentais da segurança de navegação e ignoram as consequências de manobras perigosas.”
Com material da agência de notícias Tass
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