1. Ícone da Mãe de Deus de Kursk do século 13 - Catedral Známenski, em Nova York
Este antigo ícone milagroso deixou a Rússia em 1920, poucos anos após a Revolução Russa. A obra foi levada por padres que fugiram dos bolcheviques durante a Guerra Civil. Durante muito tempo, o ícone foi mantido em Belgrado, na Sérvia, mas, desde 1950, seu lar é Nova York, mais especificamente a principal catedral da Igreja Ortodoxa Russa no Exterior.
2. Ivan Aivazôvski. Autorretrato, 1874 - Galleria degli Uffizi, em Florença
Poucos artistas russos tiveram a honra de ser representados na Galeria degli Uffizi, que abriga as obras dos mestres do Renascimento. Em 1873, aconteceu uma exposição de Aivazôvski em Florença e, pouco tempo depois, o artista recebeu uma oferta para pintar um autorretrato para a Galeria degli Uffizi.
Desde os tempos antigos, o museu italiano conta com um acervo de autorretratos de artistas, uma tradição iniciada pelo cardeal Leopoldo Médici, que comprou o acervo da Academia Romana de São Lucas.
Mais tarde, em sinal de reconhecimento de méritos, a galeria começou a encomendar autorretratos de artistas proeminentes. Ivan Aivazôvski se tornou o terceiro russo a receber o pedido de criar um autorretrato para a galeria, após Orest Kiprénski e Karl Briullov.
3. Ovos Fabergé “Cesta de Flores” (1901) e “Mosaico” (1914) - Coleção do Rei Carlos 3º
A coleção da Coroa Britânica inclui muitos itens de arte russa: ícones, pinturas, retratos, gráficos, vasos de malaquita de Peterhof e muitos outros. Entre eles estão peças da empresa Fabergé.
Por exemplo, estes ovos de Páscoa com surpresas que o último imperador Nicolau 2º encomendou ao joalheiro para sua esposa Alexandra Feodorovna.
4. Iliá Répin “Autorretrato no trabalho”, 1915 - Galeria Nacional de Praga
Em 1900, a capital da República Tcheca sediou uma exposição da Sociedade de Exposições Itinerantes de Obras de Artistas Russos (mais conhecida como os Itinerantes), durante a qual o público conheceu as obras de um dos maiores artistas russos, Iliá Répin. Após a revolução, Praga se tornou um dos centros da emigração russa, e exposições do artista realista se tornaram frequentes. Este autorretrato acabou na coleção da Galeria Nacional.
5. Coroa de casamento dos Romanov - Museu Hillwood, em Washington
Em 1966, esta coroa foi comprada em um leilão da Sotheby’s por Marjorie Merriweather Post, esposa do ex-embaixador norte-americano na URSS. Ela começou a colecionar arte russa ainda na década de 1930, enquanto morava em Moscou. Post adquiriu um grande número de itens da Rússia tsarista. Na década de 1960, ela transferiu toda a sua extensa coleção de antiguidades para a sua propriedade em Hillwood, perto de Washington, que depois se tornou um dos maiores museus da antiguidade russa nos Estados Unidos. Ali pode-se ver porcelanas, pinturas, joias e ovos Fabergé.
6. Kazimir Malevich “Branco sobre branco”, 1918 – Museu de Arte Moderna de Nova York
Quando o governo soviético declarou a pintura de vanguarda como formalismo, a demanda por esse tipo de arte no exterior começou a crescer drasticamente. Malevich criou a composição suprematista “Branco sobre branco”, também conhecida como “Quadrado Branco”, após o seu famoso “Quadrado Negro”. Muitos dos seus trabalhos estão hoje em museus fora da Rússia. No Museu de Arte Moderna de Nova York, por exemplo, os visitantes podem encontrar diversas obras de Malevich e de outros artistas icônicos da vanguarda russa, como Kandinsky, Goncharova e Chagall.
7. Marc Chagall “Aniversário” e “Eu e a Aldeia”, 1915 – Museu de Arte Moderna de Nova York
No Museu de Arte Moderna de Nova York você também pode encontrar essas duas obras do artista judeu que nasceu em Vitebsk, no Império Russo, mas depois se mudou para a França.
8. Wassily Kandinsky “Murnau. Arco-íris", 1909 – Galeria Municipal de Lenbachhaus, em Munique
As obras abstratas de Kandinsky podem ser encontradas em Nova York, Paris, Moscou e Berlim, mas a maior coleção de suas pinturas está na Galeria Municipal de Lenbachhaus, em Munique. Esta galeria tem obras de todos os artistas do grupo Der Blaue Reiter (“O Cavaleiro Azul”), fundado por Kandinsky. Munique foi uma cidade especial para o artista, ele estudou na Academia de Artes e viveu por muitos anos nessa cidade.
9. Wassily Kandinsky “Composição VIII”, 1923 - Museu Solomon R. Guggenheim, Nova York
Uma das obras mais famosas de Kandinsky está nos Estados Unidos. Guggenheim era um grande fã da vanguarda, por isso sua coleção inclui muitas obras de Kandinsky, Malevich e outros modernistas russos.
10. Natalia Goncharova “Primavera. Limpando o Jardim", 1908 - Galeria Tate, Londres
Os britânicos têm um amor especial pela vanguarda russa. A Galeria Tate possui uma grande coleção de experiências artísticas do início do século 20, incluindo pinturas de Natalia Goncharova e seu marido Mikhail Larionov.
11. Pinturas de Nicholas Roerich - Roerich Museum em Nova York
Em Manhattan há um museu inteiro dedicado às obras desse artista russo místico. A maioria dos quadros retrata o Himalaia, mas também há paisagens russas e obras religiosas e filosóficas, como “Madonna Oriflamme” (1932).
12. Eric Bulatov “Glória ao PCUS”, 2003-2005 - Centro Pompidou em Paris
O Centro Pompidou em Paris tem uma enorme coleção de arte russa, porque a capital francesa sempre foi um dos principais destinos dos artistas imigrantes russos. Além das obras-primas de vanguarda, o museu também possui a maior coleção de arte contemporânea russa fora do país.
Em 2016, a Fundação Potânin, que pertence ao oligarca russo Vladímir Potânin, doou mais de 300 obras das décadas de 1950 a 2000 à galeria francesa, incluindo esta emblemática de Eric Bulatov.
13. El Lissitzky “Construtor. Autorretrato”, 1924 – Museu Municipal de Amesterdão
Artista de vanguarda e arquiteto, El Lissitzky viveu toda a sua vida na Rússia e na URSS. Sua obra “ Construtor. Autorretrato” entrou na coleção de Nikolai Khardjiev, que foi levada para o exterior. Assim, essa obra acabou no Museu de Amsterdã, junto com um grande número de outras obras do artista russo.
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