Nossos leitores nas redes sociais defendem apaixonadamente nomes como Tolstói e Dostoiévski. Suas respostas poderosas, repletas de percepções e apreço pessoais, destacam o verdadeiro valor da literatura russa. Eis um resumo de seus argumentos mais convincentes (algumas citações diretas foram editadas para maior clareza):
Cena de "O idiota".
Ivan Piriev/Mosfilm, 1958Oliviana Pandan Nikolai compartilha sua experiência de leitura de “O Idiota” e “Os Irmãos Karamázov”, de Dostoiévski.
“Achei ambos deprimentes, o que teve um impacto enorme em mim, principalmente no meu dia a dia. Mas posso lidar com isso. A vida é a vida. Ela tem altos e baixos”, escreve.
Cena do filme "Anna Karênina".
Aleksandr Zapkhi/Mosfilm, 1967O leitor Xiaolongnü cita um meme popular: “Na literatura russa, a personagem, o autor e às vezes o leitor sofrem. Quando todos os três sofrem, ela se torna uma obra-prima.
Xiaolongnü afirma que essas obras oferecem ideias profundas sobre a psique e a experiência humana, instando à ação contra a injustiça e inspirando escolhas morais.
Um tema comum na literatura russa é a representação de personagens em situações inevitáveis, como observa Xiaolongnü. Figuras como Onéguin e Raskólnikov muitas vezes se sentem alienadas e superiores, mas, em última análise, não conseguem mudar suas circunstâncias. Esta literatura retrata frequentemente histórias de amor trágicas, como as de Anna Karênina e Aleksêi Vrônski, que raramente têm finais felizes.
Cena do filme "Eugênio Onéguin".
Roman Tikhomirov/Lenfilm, 1958“Se não pudermos avaliar isso, ficaremos perdidos”, argumenta a leitora Liza Maciejewski. Ela observa que muitas pessoas hoje podem não ter capacidade mental para uma exploração emocional e psicológica tão profunda.
Cena do filme "Crime e Castigo".
Lev Kulidjanov/Estúdio de Cinema M. Górki, 1969Ao reler “Crime e Castigo” depois de mais de 50 anos, o leitor Peter Byrne considera-o tão impactante como antes.
“É magnífico. Muitos de nós vivemos vidas demasiado superficiais. É importante ouvir vozes que penetrem na psique e revelem camadas de sensibilidade humana que nos enriqueçam, expandam, desafiem e talvez nos preencham”, diz Peter.
Ele acredita que uma literatura assim revela verdades humanas universais que transcendem as fronteiras culturais e temporais.
Cena do filme "Os irmãos Karamázov".
Ivan Piriev, Mikhail Ulianov, Kirill Lavrov/Mosfilm, 1968O leitor Ernest Tomic, por sua vez, destaca que os clássicos, em geral, são atemporais. Sim, existem elementos dentro deles que podem já não refletir os valores de hoje, mas também servem como janelas para o passado, oferecendo ideias sobre os pensamentos e sentimentos de pessoas de outra época. Estas obras ainda podem ser valorizadas por muitas razões — até porque são, muitas vezes, bem escritas e contam histórias convincentes.
“Há histórias na Bíblia, por exemplo, que são chocantes. Devemos, portanto, eliminar, alterar ou censurar essas passagens para que estejam de acordo com os valores atuais? Acho que isso seria um grande erro”, escreve Ernest.
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