7 obras-primas de Nicholas Roerich que você precisa conhecer

Cultura
ANNA POPOVA
O próximo ano na Rússia será dedicado à herança de Nicholas Roerich: 2024 marcará o 150º aniversário do nascimento do filósofo e artista. O Russia Beyond escolheu as 7 melhores obras do talentoso russo.

Artista, pensador, arqueólogo, advogado, Nicholas Roerich (também grafado como Nikolai Roerich) poderia ter se tornado famoso em diferentes áreas, mas escolheu o caminho da pintura. Ele viajou por quase todo o mundo, estudou a história da Rússia Antiga, participou em escavações arqueológicas e fez expedições de investigação ao Tibete, Índia, Mongólia, Japão, Altai e Sibéria. Roerich acreditava que “a consciência da beleza salvará o mundo”. De uma forma ou de outra, todas as suas pinturas estão ligadas a esse ponto de vista.

1. "O Mensageiro", 1897, Galeria Tretiakov, Moscou

O futuro artista passou a infância e a juventude em São Petersburgo. Ainda adolescente, ele e sua família foram para a propriedade Izvara para participar das escavações de túmulos e estudaram as lendas da Rússia Antiga. Foi lá que ele pintou suas primeiras obras, incluindo o quadro “O Mensageiro”, sobre a inimizade das tribos eslavas. Por esta pintura, Nicholas Roerich recebeu o título de artista da Academia Imperial de Artes, e o colecionador Pável Tretiakov a comprou para sua galeria.

2. "Convidados estrangeiros", 1900, Galeria Tretiakov, Moscou

Aluno do famoso pintor russo Arkhip Kuindzhi, Roerich se formou pela Academia Imperial de Artes e, no outono de 1900, foi a Paris para fazer cursos no ateliê de Fernand Cormon. O mestre francês foi o primeiro a ver o esboço da pintura “Convidados Estrangeiros”. Alguns anos antes, Roerich viajou pela rota comercial de Nôvgorod, imaginando como os barcos varangianos navegavam lá nos tempos antigos.

3. "Tesouro dos Anjos", 1905, Palácio dos Congressos, São Petersburgo

Em 1903, o artista foi para a mansão da princesa Tenicheva para decorar o interior da casa principal. Roerich ficou muito impressionado com a Igreja do Espírito Santo perto da mansão e, alguns anos depois, começou a decorar os murais da igreja. Acredita-se que o artista pintou o “Tesouro dos Anjos” para o túmulo do príncipe Viatcheslav Tenichev, retratando a pedra angular do universo, que contém o bem e o mal, guardada por anjos. Essa obra lhe trouxe reconhecimento internacional, tendo sido exposta em Paris, Londres e Viena. Durante mais de 10 anos, a pintura ficou guardada no Museu Roerich de Nova Iorque.

4. "Campo de Polovetzki", 1909, Galeria Tretiakov, Moscou

No início do século 20, Roerich começou a criar cenografias e figurinos para produções teatrais. A primeira experiência foi com a peça “Os Três Magos”, no Antigo Teatro de São Petersburgo. Roerich também foi notado pelo famoso empresário artístico russo Serguei Diaguilev: em 1909, ele o convidou para criar cenários para as performances de “Temporada Russa”. Roerich criou figurinos e diversas versões do cenário para a ópera "Príncipe Igor". Diaguilev não se enganou na escolha, e o público europeu foi à loucura com as peças. O cenário “Campo de Polovetzki” foi comprado pela Galeria Tretiakov.

5. "Fortaleza das muralhas", 1925, Museu de Arte de Níjni Nôvgorod

Em 1923, junto com sua esposa Elena e seu filho Iúri, o artista começou uma viagem à Ásia Central que durou cinco anos, passando por Índia, China, Altai, Sibéria, Tibete e Mongólia. Ao longo do caminho, o artista pintou cerca de 500 obras, incluindo a série “Suíte Maitreia”: reflexões pitorescas sobre a chegada do futuro Buda e o início de um tempo de paz, quando as pessoas trabalharão juntas para o benefício da humanidade.

6. "O Himalaia", 1943, Museu do Oriente

Uma viagem ao Tibete inspirou o artista a criar uma série de pinturas de impressionantes paisagens montanhosas. No final de 1927, Roerich visitou as montanhas Tanggula (Tangla), um dos sistemas montanhosos mais altos do Tibete.

7. "Terra Slavonica", 1943, Museu do Oriente

Em 1935, o artista se mudou para a Índia, onde pintou mais de 1.000 quadros e escreveu dois livros. Suas obras desse período foram expostas nas maiores galerias do mundo, e seu museu pessoal foi inaugurado em Paris. O artista queria voltar para sua pátria, mas não recebeu permissão para entrar na URSS. Stálin pessoalmente mandou que os pedidos de Roerich não fossem respondidos.

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