Esta adaptação cinematográfica do famoso romance homônimo de Agatha Christie apresenta vários estranhos reunidos em uma ilha remota no meio do oceano a convite de um homem desconhecido. Quando eles chegam, o anfitrião da mansão não está no local, mas uma gravação com sua voz acusa os convidados de assassinato. Ninguém confessa, mas, um por um acaba assassinado. Começa então uma corrida para que os convidados sobreviventes encontrem o assassino antes de chegar sua vez.
A adaptação soviética é a primeira a apresentar o título original do livro e o final sombrio. Muitos críticos veem essa interpretação do romance policial como uma das poucas que foram fiéis à história. Além disso, o longa pode ser considerado o primeiro suspense soviético.
Este é um dos poucos filmes soviéticos que retrata as consequências do consumo de drogas pesadas. O protagonista, chamado Moro, retorna à sua terra natal em Almati, no Cazaquistão, onde se lembra de Dina, mulher por quem já foi apaixonado. No entanto, quando enfim a reencontra, ela se tornou uma viciada. Moro decide ajudá-la e começa a caçar os traficantes.
Os papéis principais foram interpretados pelos lendários músicos Viktor Tsoi e Piotr Mamonov (da banda ‘Zvuky Mu’). O longa foi a estreia de ambos como atores, e a trilha sonora foi quase inteiramente obra da banda ‘Kino’, de Tsoi. A música ‘Zvezda Po Imeni Solntse’ (‘Uma Estrela chamada Sol’) ganhou status cult e continua enraizada na consciência russa contemporânea.
No centro da história está Vera, que mal se formou, mas já fuma, bebe e cai na gandaia. Os pais não entendem seu estilo de vida e quando descobrem uma nota de 20 dólares consigo (uma ofensa criminal naquela época), começam a ameaçá-la com a ira de seu irmão mais velho, de quem tem muito medo. Durante uma de suas saídas na discoteca, Vera conhece Serguêi. O encontro casual desencadeia um baita romance. No entanto, seus pais não concordam com o relacionamento, correndo o risco de destruir totalmente a família.
O filme é notável por sua bravura — ‘A Pequena Vera’ se tornou o primeiro longa soviético a retratar fielmente uma cena de sexo. Esta liberdade ousada rapidamente lhe rendeu o status de definidor da perestroika. Foi depois da estreia que discussões antes consideradas tabus finalmente começaram a acontecer na URSS: prostituição, crime, violência doméstica e outros temas.
Este filme é uma adaptação do conto homônimo de Mikhail Bulgákov. Um cachorro de rua chamado Sharik vai parar na casa do professor Preobrazhensky, onde se torna participante involuntário de um experimento para transplantar uma hipófise humana para o corpo de um cachorro. Gradualmente, Sharik começa a se assemelhar com um humano, mas isso não faz com que nada de particularmente bom aconteça a ninguém.
O filme é, essencialmente, uma sátira ousada ao bolchevismo. A trama tem sido frequentemente interpretada como uma alegoria sobre a fracassada experiência comunista para mudar radicalmente a humanidade. O conto foi proibido na URSS por muito tempo; a primeira edição oficial foi publicada em 1987, apenas um ano antes do lançamento do filme.
A história gira em torno de Tanya, uma enfermeira que complementa sua renda com prostituição. A vida não é fácil para ela, pois o trabalho noturno é ilegal. No entanto, graças ao seu charme, ela consegue evitar problemas sérios. A vida de Tanya toma um rumo inesperado quando um de seus clientes acaba se apaixonando por ela. Os dois se casam e partem para a Suécia. Mesmo longe, porém, Tanya não encontra soluções para problemas profundamente enraizados, ao mesmo tempo que percebe que é mais difícil se libertar das algemas de sua vida anterior do que ela pensava.
O filme foi adaptado do conto homônimo de Vladímir Kunin e, como outras menções nesta lista, tornou-se um grande acontecimento para a época. Acontece que ‘Interdevochka’, como foi intitulado em russo, é também o primeiro filme soviético não produzido com dinheiro do Estado.
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