Ator Nikolai Tcherkasov e Eisenstein no set do filme Alexander Nevsky, em Moscou, 1938
Anatóli Garánin/SputnikO Russia Beyond está agora também no Telegram! Para conferir todas as novidades, siga-nos gratuitamente em https://t.me/russiabeyond_
Os filmes mudos de Serguêi Eisenstein sobre a Revolução Russa de 1917 lhe trouxeram reconhecimento mundial. Nascido em 22 de janeiro de 1898 em Riga (então parte do Império Russo), o famoso diretor e roteirista de cinema foi pioneiro em vários aspectos.
Famosa cena de Encouraçado Potemkin (1925) em que soldados tsaristas atiram contra manifestantes nas escadarias de Odessa
Getty ImagesO drama de Eisenstein feito em 1925 sobre o motim de 1905 entre marinheiros e oficiais a bordo de um encouraçado imperial em Odessa é um clássico do cinema mundial. Figura nas listas dos melhores de todos os tempos desde a década de 1950.
Foi a segunda parte da “trilogia revolucionária” de Eisenstein, entre A Greve e Outubro.
Eisenstein na mesa de edição.1925. Reprodução
SputnikEisenstein é conhecido como o inventor da teoria da montagem intelectual e da montagem rítmica, entre outras. Usando sua técnica especial de edição de filmes, retratava o rápido desenvolvimento dos acontecimentos na tela – separando cada cena em fragmentos antes de reorganizá-las em sua ordem preferida.
Cena de Ivan, o Terrível (1944)
Getty ImagesO último projeto de Eisenstein, Ivan, o Terrível (1944), foi feito a pedido de Stálin e deveria fazer parte de uma trilogia. O cineasta recebeu o prêmio estatal de maior prestígio pela primeira parte, mas foi duramente criticado por Stálin pela segunda. “É uma coisa nojenta!”, disse o líder soviético em uma reunião da liderança do Partido Comunista em agosto de 1946. O primeiro filho da trilogia começa com o início do reinado de Ivan, o período antes de o governante se tornar “terrível”. A segunda parte, porém, mostra a crescente oposição dos boiardos e trata dos episódios mais polêmicos do reinado de Ivan – a campanha opríchnina contra os nobres. Stálin via os regimentos da guarda de Ivan (oprichniki), formados para lutar contra seus oponentes, como um “exército progressivo”.
“Você descreve os oprichniki como a Ku Klux Klan”, reclamou Stálin. O segundo filme foi revisado e só foi exibido nas telonas em 1958, após a morte do diretor. A terceira parte mal saiu do papel, mas uma de suas cenas foi exibida em 1988.
Eisenstein em Nova York, 1930
SputnikEm 1929, Eisenstein – junto com o diretor Grigóri Aleksandrov e o diretor de fotografia Eduard Tisse – fez uma viagem de negócios à Europa Ocidental e aos Estados Unidos. O diretor lecionou em universidades de Londres, Amsterdã, Bruxelas e Hamburgo e falou à rádio em Berlim. Naquele ano, preparou um roteiro para a Paramount Pictures para uma adaptação cinematográfica de Uma Tragédia Americana, de Theodore Dreiser, mas foi recusado. Acredita-se que tenha sido motivado pela onda anticomunista nos EUA na época.
Em dezembro de 1930, o diretor mudou-se para o México para filmar ¡Que viva México! sobre a história e o cotidiano do país. O longa não foi concluído em vida, mas finalizado por Aleksandrov e exibido em 1979.
Cena de ¡Que viva México! (1933)
Getty ImagesEisenstein costumava fazer experimentos com cor no cinema e tentava colorir até algumas cenas de seus filmes. Faleceu em 11 de fevereiro de 1948, antes que a cor deixasse sua marca no cinema – na época, estava trabalhando em um artigo intitulado “Cinema colorido”.
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