Entre as diversas obras disponíveis na plataforma de cinema e vídeo do Sesc, um dos destaques é certamente “A Mulher Alta”, do jovem diretor russo Kantemir Balagov.
Inspirado no livro “A guerra não tem rosto de mulher”, da vencedora do Nobel de Literatura Svetlana Aleksiévitch, o longa conta a história de duas jovens mulheres, Iya e Masha, que se reencontram em Leningrado (atual São Petersburgo) em 1945, depois que o cerco de três anos é levantado. No entanto, a Segunda Guerra Mundial devastou a cidade, demolindo edifícios e deixando seus cidadãos dilacerados, física e mentalmente. É nesse contexto que as duas mulheres buscam sentido e esperança na luta para reconstruir suas vidas entre as ruínas.
Com uma perspectiva inusitada do conflito, “A Mulher Alta” acaba sendo muito diferente de outros filmes de guerra russos dos últimos anos. E não apenas devido à falta de cenas de batalha, mas por retratar a história íntima das pessoas tentando superar seu vazio interior.
O trabalho de câmera contido, porém cênico, transborda referências visuais a obras-primas da pintura europeia. Além disso, vale destacar que o filme foi produzido por Aleksandr Rodnianski, responsável pela produção de todos os filmes do diretor Andrey Zvyagintsev, incluindo os internacionalmente premiados “Elena” e “Leviatã”.
“A Mulher Alta”, aliás, rendeu a Balagov o prêmio FIPRESCI, além do título de Melhor Diretor na mostra Um Certo Olhar, em Cannes, em 2019. As duas protagonistas, Viktoria Mirochnitchenko e Vassilisa Pereliguina, também foram premiadas como melhores atrizes no Festival de Torino.
O longa ficará disponível no site do Sesc até 21 de agosto de 2021.
Autorizamos a reprodução de todos os nossos textos sob a condição de que se publique juntamente o link ativo para o original do Russia Beyond.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: