Evento terá mesa-redonda com Svetlana Filippova, discípula de Iúri Norstein.
DivulgaçãoO CineSesc apresentará, entre 12 a 18 de julho de 2018, a Mostra de Animação Russa, que contará com 37 desenhos animados de 20 diretores, realizados entre os anos de 1950 e 2016.
“O cinema russo foi, sem dúvida, sempre um dos mais expressivos cinemas do mundo e este país contribuiu de maneira singular para o desenvolvimento da sétima arte no século 20. A escola de animação russa é marcada pela exploração de temas mais profundos e poéticos, de grande importância para a sociedade contemporânea, impulsionando os autores e diretores do cinema de animação a buscar novas abordagens temáticas e estéticas no cinema”, afirma um dos curadores do evento, Luiz Gustavo Carvalho.
Além das sessões de filmes, será realizada uma oficina de animação com a diretora e animadora Svetlana Filippova.
Ainda na programação da mostra ocorrerá o lançamento do livro “Tarakã, o Bigodudo”, do best-seller infantil soviético Kornêi Tchukóvski, em tradução para o português. O lançamento é realizado em parceria com as editoras Kalinka e a Hedra, e acontecerá no sábado (14), às 18h.
URSS, polo da animação
Cena da animação "O Velho e o Mar" (1999), de Aleksandr Petrov.
Global Look PressA União Soviética foi um dos maiores polos produtores de animações, e muitos filmes desta era serão exibidos no evento.
O público também poderá conhecer o filme baseado na obra "Tarakã, o Bigodudo" (1971) e em "Mukha-Tsokotukha" (1960), também de Tchukóvski.
O já clássico "O Conto dos Contos" (1979), obra-prima de Iúri Norstein considerada pela Academia Americana de Cinema como o “melhor desenho animado de todos as épocas e povos” também figura na mostra. Por seu estilo poético e filosófico, Norstein ocupa um lugar singular na animação mundial, com obras destinadas a crianças e adultos.
Outros desenhos que compõem a programação também são baseados em obras literárias conhecidas de escritores russos e estrangeiros, tais como "O Quebra-Nozes" (1973), de E.T.A Hoffmann (com música do compositor Piotr Tchaikovsky) e "O conto do pescador e do peixinho" (1950), baseado na obra do mais amado escritor e poeta russo, Aleksandr Púchkin.
Animação pós-soviética
“O Conto dos Contos” (Skazka skazok, URSS, 1979) de Iúri Norstein.
DivulgaçãoA tradição em animação perdura na Rússia contemporânea, e uma expoente absoluta da categoria estará presente pessoalmente e representada por sua produção nas telas: Svetlana Filippova, discípula de Iúri Norstein.
A autora, diretora e animadora trará para o Brasil quatro filmes feitos por meio de uma técnica exclusiva.
Entre os destaques da programação pós-soviética está o filme "O Velho e o Mar" (1999), de Aleksander Petrov, renomado diretor do cinema de animação e vencedor do Oscar com este título.
Três histórias de amor (Tri istorii liubvi, Rússia, 2007), de Svetlana Filippova.
Divulgação"Lavatory-Lovestory" (2007), de Konstantin Bronzit, indicado ao Oscar em 2009, é outro filme imperdível.
“A mostra é composta ainda por outros importantes nomes do cinema de animação soviético e russo e apresenta no Brasil uma produção única que, apesar de ter recebido importantes prêmios na Europa e nos Estados Unidos, ainda não é conhecida no país. Oitenta por cento dos filmes são produções soviéticas e o restante, contemporâneas. Queremos trazer ao público um importante capítulo da história do cinema de animação universal”, diz Maria Vragova, também curadora da mostra.
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