As companhias de balé do Teatro Bolshoi, em Moscou, e do Teatro Marínski, em São Petersburgo, são conhecidas em todo o mundo. Mas há outras produções igualmente interessantes em palcos russos de cidades menos conhecidas. O Russia Beyond compilou uma lista dos melhores deles:
Teatro Musical Moscovita Stanislávski e Nemirovitch-Dantchenko
Apesar de estar localizado em Moscou, o teatro sempre ficou um pouco de lado. Há um ano, Laurent Hilaire, estrela do Balé Ópera Francês foi convidado a dirigir a companhia.
Ele cortou o número de produções de atos múltiplos e investiu na diversidade do novo: pela primeira vez, o teatro montou “Serenade”, de Balanchine, e “The Second Detail”, do coreógrafo Forsythe.
Hilaire apresentou o francês de origem ucraniana Serge Lifar (Suite en Blanc), o coreógrafo moderno Paul Taylor (Aureole) e o dançarino sueco Alexander Ekman ao público russo.
Ele também apoiou jovens bailarinos, sobretudo, Oksana Kardash - única em suas várias habilidades. Junto a dela, estão Ksenia Shevtsova, Erika Mikirticheva e Janna Gubanova, além de seus parceiros Dmítri Sobolevski, Serguêi Manuilov, Ivan Mikhalev e outros.
Teatro de Ópera e Balé de Perm
A Companhia de Balé de Perm, composta por 90 dançarinos, ainda ocupa um antigo e acolhedor teatro construído em meados do século 19.
Apesar de seu palco pequeno, o repertório inclui quase todos os balés clássicos russos. No final do século passado, o teatro de Perm chegou às capitais do balé russas ao dominar o patrimônio de George Balanchine e Jerome Robbins.
Quase duas dúzias dos balés deles foram encenados ali e, recentemente, o teatro embarcou ativamente em balés dos coreógrafos britânicos Frederick Ashton e Kenneth MacMillan.
Aleksêi Mirochnitchenko, de São Petersburgo, que anteriormente realizou produções no Teatro Marínski e no New York City Ballet, é o principal mestre de balé do teatro.
O repertório tem um equilíbrio único que atrai não só amantes do balé de Moscou e de São Petersburgo a Perm, mas também estrelas da dança.
Diana Vishneva está colaborando com o teatro e Natalia Osipova, “prima ballerina” no Royal Ballet, na Grã-Bretanha, também ocupa esta posição no Teatro Perm.
Teatro Acadêmico Estatal de Balé e Ópera de Ekaterimburgo
Ekaterinburg se transformou em ímã de amantes do balé depois de Viacheslav Samodurov se tornar seu diretor artístico . Ele levou aos Urais a experiência como dançarino principal no Dutch National Ballet e no Royal Ballet da Grã-Bretanha.
Para ele, balé significa uma busca constante por novas possibilidades na dança clássica. Além disso, Samodurov, que antes estava no Teatro Marínski, sabe o valor do patrimônio do balé russo.
Ele ressuscitou a companhia local, expondo-a todos os anos a produções tão diversas como versões petersburguesas de “Giselle” e “O lago dos cisnes”, além das primeiras produções russas pelo neoclassicista Hans van Manen e os mestres de dança moderna Sol León e Paul Lightfoot.
Mas o teatro de Ekaterimburgo ganhou reputação proeminente graças às produções originais de Samodurov. Seus “Romeu e Julieta”, “Salieri Variations”, “The Curtain” e “Cantus Arcticus” reuniram uma coleção única de prêmios de teatro e sua bailarina Elena Vorobieva, concorrendo com “primas ballerinas” do Bolshoi e do Marínski, ganhou o mais prestigiado prêmio de teatro russo individual.
Teatro Estatal de Balé e Ópera de Bashkir
Este é o teatro onde o dançarino soviético Rudolf Nureyev viu seu primeiro balé, aos oito anos de idade. Naquela noite, o teatro apresentava "Songs of the Crane" - a versão de Bashkir de "Lago dos Cisnes" encenada pela coreógrafa Nina Anisimova, de Leningrado (hoje, São Petersburgo).
Este era o modo como os teatros de ópera costumavam ser montados em toda a URSS: mestres experientes do Bolshoi e do Marínski eram enviados para as principais cidades, onde realizavam produções baseadas em contos e lendas locais, combinando balé clássico com dança folclórica.
Ufá foi a última cidade da URSS a abrir sua própria escola de coreografia. Hoje o teatro tem um corpo de balé único, cuja unidade é alimentada desde o momento em que a criança atravessa a porta de uma aula de balé pela primeira vez.
A cidade também se orgulha de suas raízes petersburguenses, que ainda estão vivas graças a Leonora Kuvatova, formada na Academia Vaganova de Balé (muita gente não percebe que já a conhece indiretamente, por meio da gravação de uma das performances de graduação da Academia na qual ela era parceira de Mikhail Baryshnikov).
Kuvatova é responsável pela companhia de balé e pela escola em Ufá. E “Songs of the Crane” está de volta ao repertório neste ano.
Teatro Acadêmico Estatal de Balé e Ópera Tatar
O Teatro de Kazan combina tendências europeias e tradição étnica. E isso se reflete em seu repertório, que inclui o “O lago dos cisnes”, “Dom Quixote” e “La Bayadère”, lado a lado com o folclore de “Shurale” e do pseudo-histórico “Golden Horde”.
A principal atração atualmente no teatro é a “prima ballerina” Kristina Andreeva. Ela cumpre plenamente os critérios modernos de beleza do balé: alta e elegante, tem o passo grande e salto leve, além de fazer sem problemas 32 giros fouetté e subir em levantamentos dança complexos.
Teatro de Balé e Ópera Estatal de Krasnoiarsk
O teatro de Krasnoiarsk abriu apenas em 1978 e o Teatro Bolshoi imediatamente o colocou sob sua asa. Em 1998, Serguêi Bobróv, solista do Teatro Bolshoi, foi convidado para ir a Krasnoiarsk.
Como coreógrafo, ele criou um repertório interessante nos últimos 20 anos, incluindo “The Tsar-Fish”, balé baseado no romance de Viktor Astafiev, autor de clássicos soviéticos.
O teatro apresenta um grande número de clássicos do balé russos em adaptações do Bolshoi. Se você tiver sorte, pode ver até “Spartacus”, a produção lendária de Iúri Grigorovitch (Bobróv foi seu aluno). Mas pode ser que seja difícil: como o balé de Kazan, o teatro de Krasnoiarsk sai em turnê pelo exterior por vários meses todos os anos.
Gosta do balé russo? Então cheque esta galeria de fotos históricas que foram coloridas posteriormente.
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