4 dicas para tirar fotos aéreas incríveis do alto de um drone

Cultura
ALEKSANDRA GÚZEVA
Um dos maiores nomes em fotografia aérea da Rússia, Vadím Rázumov compartilha seu know-how com o Russia Beyond.

A habilidade de Vadím Rázumov em tirar fotos aéreas com o uso de um drone e sem ter que subir em um helicóptero para lhe trouxe oportunidades incríveis. Blogueiro e fotógrafo, Rázumov goza de enorme popularidade e sempre tem suas fotografias estampando revistas importantes, como a National Geographic.

Em seu blog na plataforma LiveJournal, Vadím já publicou suas séries fotográficas de quase 700 propriedades pela Rússia afora.

Recentemente, ele doou 260 imagens aéreas raras de mansões antigas e ruínas à Wikipedia com licença aberta.  

“Apaixonei-me pela fotografia aérea por causa da oportunidade de captar panorâmicas de propriedades e revelar ângulos pouco comuns de objetos, e até para ver as fundações de prédios destruídos a partir dos céus”, disse Vadím ao Rússia Beyond.

Em entrevista ao site, ele elencou suas quatro principais dicas a iniciantes na arte de fotografar com o uso de drones.

1. Leve o tempo que for necessário

“Normalmente, leva entre cinco e dez horas, em média, para fotografar um objeto ou outro. Mas quando você tem que tirar fotos de um quadcóptero, isso pode levar vários dias. Isso sem contar o tempo gasto em pesquisar o lugar, que por vezes é uma aldeia remota, escondida nas florestas. É necessário tempo para fotografar em diferentes climas e pegar chuva, por do sol, noite e alvorada.”

2. A burocracia é chata, mas crucial

Uma das sessões de fotos mais complicadas quanto à técnica e caras que Vadím fez foi a do Palácio Gatchina. “É preciso permissão para fotografar esses grandes museus”, conta.

Se você tiver boas relações com a administração do museu, pode ter sorte o suficiente para encontrar lugares que não são mostrados aos turistas. Vadím conseguiu tirar fotos incríveis do Pavilhão Águia com todos seus pequenos detalhes. “Eu cheguei até mesmo a fazer ali meu famoso ‘copter selfie’”, diverte-se.

3. Para ter melhores imagens, é preciso correr riscos

“Meu trabalho não exclui extremos”, diz Vadím. Eis uma imagem sua do pitoresco sino da torre da igreja da cidade de Kaliazin inundada, na Região de Tver (a 160 quilômetros de Moscou), considerada um verdadeiro Triângulo das Bermudas para drones, com centenas deles quebrando e batendo bem ali.

“O risco com a torre do sino de Kaliazin foi que eu voei realmente perto de seu topo”, diz. Mas ele teve sorte, tirou fotos de tirar o fôlego e conseguiu retomar seu drone.

Vadím também sofreu acidentes. Certa vez, durante uma sessão de fotos na república russa do Cáucaso Inguchétia, um quadcóptero perdeu conexão com o controle remoto e voou para uma cachoeira. Mais tarde, Vadím conseguiu encontrá-lo quase sem um arranhão.

“Descobri que era um defeito coberto pela garantia, não devido ao tempo, erro do piloto ou interferências dos serviços secretos”. O drone foi consertado e está em uso novamente.

4. Não se limite a fotos aéreas para mostrar a beleza do lugar

“Em fotografia arquitetônica, uso o drone apenas para vista geral e planos. Além desses cliques, sempre tiro fotos artísticas, capturo as texturas, detalhes, interiores e decorações das decorações das fachadas com uma câmera profissional.”

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