Este bombardeiro soviético portava 88 submetralhadoras

Ciência e Tecnologia
BORIS EGOROV
Sistema mortífero projetado para disparar fogo denso sobre a infantaria inimiga nunca viu a luz do dia. Mas não por falta de eficiência.

O piloto abre o compartimento de bombas do avião, onde dezenas de submetralhadoras PPSh-41 estão dispostas em fileiras ordenadas, e puxa o gatilho. O fogo denso e sincronizado de uma massa de canhões começa a varrer tudo — é assim que o sistema ‘Ouriço de fogo’ deveria funcionar, de acordo com os projetistas. Mas, no final, a ideia não deu muito certo.

O sistema foi inventado no escritório de projetos Tupolev em 1944. A submetralhadora de 7,62 mm, que já tinha sido bem avaliada em combate, foi instalada em uma plataforma com 11 fileiras de 8 unidades cada. Esta plataforma estava fixada no compartimento de bombas do bombardeiro, um Tu-2Sh experimental. E para recarregar, havia cabos de suspensão.

O ‘Ouriço de fogo’ foi projetado para destruir a infantaria inimiga. Testes realizados em 1946 demonstraram a eficácia do fogo denso da bateria PPSh.

No entanto, este tipo de disparo só podia ser executado por um período bastante curto, após o qual o avião teria de retornar ao campo de aviação para recarregar. Além disso, a plataforma pesava demais: 600 kg.

No fim das contas, as desvantagens superaram as vantagens. Nem o ‘Ouriço de fogo’ nem o bombardeiro Tu-2Sh acabaram sendo produzidos em massa.

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