Os pesquisadores da Universidade Nacional da Colômbia (Unal) fizeram novas descobertas durante a análise de espécime encontrado na ravina La Yuca, em Boyacá, e que foi extinto há cerca de 90 milhões de anos.
O pliossauro podia atingir 8 metros de comprimento, tinha corpo longo e robusto, e sua característica mais marcante era o crânio grande com focinho alongado e estreito.
Os estudos recentes permitiram estabelecer possíveis ligações com espécies encontradas em latitudes como a Rússia.
O pesquisador Cristian David Benavides Cabra, geólogo da Unal, e um grupo liderado pela professora María Páramo Fonseca, do Departamento de Geociências, se atentaram a essas características de um fóssil guardado no Museu Paleontológico de Villa de Leyva e que parecia ter uma série de particularidades não observadas nas demais descobertas da área — o que a aproximaria das espécies que habitavam os antigos mares russos.
Segundo o El Colombiano, isso permitiu identificar que o animal ao qual pertence o fóssil viveu também no Cretáceo Inferior (período em que até há 10 anos se sabia muito pouco sobre este tipo de répteis marinhos, mas no qual a Colômbia se tornou referência por suas descobertas e estudos).
“Ao contrário do que se acreditava, esta espécie possui cinco dentes pré-molares e não quatro; além disso, os dois dentes mais anteriores, na ponta do focinho, são procumbentes, ou seja, apontam para a frente da boca e não para baixo, o que só havia sido observado na espécie Luskhan itilensis, encontrada na Rússia”, explicou o especialista.
Segundo os pesquisadores, a descoberta revela uma possível ligação e origem associada aos pliossauros da Rússia, o que ajudaria a montar o quebra-cabeça das grandes migrações marinhas destes répteis ao longo do tempo.
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