Réptil marinho que viveu há 125 milhões de anos na Colômbia tinha parentes russos

ДиБгд (CC BY-SA 4.0)
Análise de fóssil identificou semelhanças entre pliossauros. A descoberta poderá ajudar a traçar as grandes migrações marinhas destes répteis.

Os pesquisadores da Universidade Nacional da Colômbia (Unal) fizeram novas descobertas durante a análise de espécime encontrado na ravina La Yuca, em Boyacá, e que foi extinto há cerca de 90 milhões de anos.

O pliossauro podia atingir 8 metros de comprimento, tinha corpo longo e robusto, e sua característica mais marcante era o crânio grande com focinho alongado e estreito.

Os estudos recentes permitiram estabelecer possíveis ligações com espécies encontradas em latitudes como a Rússia.

O pesquisador Cristian David Benavides Cabra, geólogo da Unal, e um grupo liderado pela professora María Páramo Fonseca, do Departamento de Geociências, se atentaram a essas características de um fóssil guardado no Museu Paleontológico de Villa de Leyva e que parecia ter uma série de particularidades não observadas nas demais descobertas da área — o que a aproximaria das espécies que habitavam os antigos mares russos.

Segundo o El Colombiano, isso permitiu identificar que o animal ao qual pertence o fóssil viveu também no Cretáceo Inferior (período em que até há 10 anos se sabia muito pouco sobre este tipo de répteis marinhos, mas no qual a Colômbia se tornou referência por suas descobertas e estudos).

“Ao contrário do que se acreditava, esta espécie possui cinco dentes pré-molares e não quatro; além disso, os dois dentes mais anteriores, na ponta do focinho, são procumbentes, ou seja, apontam para a frente da boca e não para baixo, o que só havia sido observado na espécie Luskhan itilensis, encontrada na Rússia”, explicou o especialista.

O pliossauro (Luskhan itilensis) viveu no território da região do Volga no Hauteriviano do Cretáceo Inferior. Descoberto em 2002 por G.N. Uspenski nas margens do Volga, perto da aldeia de Slantsevi Rudnik. É o esqueleto de pliossauro mais completo encontrado na Rússia

Segundo os pesquisadores, a descoberta revela uma possível ligação e origem associada aos pliossauros da Rússia, o que ajudaria a montar o quebra-cabeça das grandes migrações marinhas destes répteis ao longo do tempo.

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