Alguns dos ossos originais foram posteriormente perdidos e sua descrição é baseada em moldes de gesso preservados. Com base na arcada dentária, no osso frontal com lados curvos e nos ossos dentários, o espécime de Penza foi atribuído ao Mosasaurus hoffmanni. Foi a primeira descoberta confiável desta espécie na Rússia. O Mosassauro de Penza é um dos maiores representantes da família já encontrados, com comprimento corporal de ao menos 17 metros.
Os mosassauros não eram dinossauros marinhos, mas um grupo de répteis relacionados às cobras e lagartos modernos. Foram extintos há 65 milhões de anos, no mesmo evento de extinção em massa que matou os dinossauros.
Conforme noticiado no site russo Elementi, os restos destes gigantes, que atingiam mais de 17 metros de comprimento, são frequentemente encontrados nas areias verde-acinzentadas que vêm à superfície em muitos locais das regiões de Saratov, Volgogrado e Penza. Há 80-70 milhões de anos, esta areia cobria o fundo do mar da Rússia, onde nadavam enormes plesiossauros, tartarugas e grandes peixes: arenques do tamanho de atuns e tubarões, além de esturjões gigantes que mediam até dez metros.
Seus ossos são encontrados hoje em todos os continentes, inclusive na Antártida. Eles ocuparam com sucesso os nichos ecológicos dos agora extintos ictiossauros, ameaçaram crocodilos marinhos e plesiossauros e se tornaram os répteis marinhos de maior êxito da segunda metade do Cretáceo.
As descobertas mais completas de restos de mosassauros russos foram feitas na região do Volga. No início do século 20, agricultores confundiram os restos encontrados com chifres de vaca.
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