O processo de aquisição de 12 helicópteros italianos iniciado pela Força Aérea Peruana (FAP), por um valor de 193 milhões de dólares, foi suspenso em definitivo. Segundo fontes, o montante será agora destinado a um programa de repotencialização da frota de aeronaves de fabricação russa que as Forças Armadas do Peru já possuem.
Em 15 de março deste ano, após avaliar os danos causados pelas chuvas no Peru e anunciar estado de emergência pelos desastres, a presidente Dina Boluarte informou que havia providenciado um orçamento adicional para o Ministério da Defesa para a aquisição de helicópteros.
A chefe de Estado havia sido informada, segundo o jornal La República, que a frota desse tipo de aeronave era insuficiente para atender emergências e, portanto, seria necessário aumentar seu número.
No entanto, o Executivo mudou de opinião após receber relatórios de que a compra de helicópteros demoraria e que os veículos não estariam disponíveis para as eventuais consequências do fenômeno El Niño, que teria um impacto desastroso.
A empresa italiana Leonardo, cujo modelo AW 139M obteve a melhor pontuação no processo de seleção da FAP, ofereceu, para empréstimo, duas unidades que poderiam ser usadas em operações de emergência.
O governo peruano, porém, optou por financiar a repotencialização das aeronaves de fabricação russa já em operação no país.
As Forças Armadas e a Polícia Nacional do Peru possuem uma frota de 68 helicópteros russos Mi-8, Mi-17, Mi-25, Mi-35 e Mi-171Sh.
Segundo fontes do Ministério da Defesa, o que está sendo avaliado atualmente é se o programa de repotencialização e manutenção será para todas as unidades ou somente parte delas.
Cabe lembrar que, em 1996, o Peru adquiriu 36 unidades de equipamento aéreo, entre MiG-29s e caças Sukhoi Su-25s.
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