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A NAFU lançou um concurso para pesquisadores e estudantes do Ártico que queiram participar da expedição da Universidade Flutuante do Ártico, programada para o verão. A informação foi divulgada pelo chefe da expedição, Aleksandr Saburov, à TASS.
“Estamos muito felizes em enfim anunciar a expedição da Universidade Flutuante do Ártico para o ano de 2023”, disse o cientista. “Abrimos um concurso para candidatos. Tradicionalmente, há duas categorias. A primeira é para pesquisadores de universidades e institutos científicos russos, com interesses profissionais na região do Ártico. A outra competição é entre alunos e pós-graduandos de universidades da região de Arkhanguelsk.”
Professor Moltchanov, lar da Universidade Flutuante do Ártico, na costa de Spitsbergen
Jerzy Strzelecki (CC BY-SA 3.0)Os pesquisadores deverão apresentar à comissão os projetos nos quais trabalharão durante a viagem. Além disso, durante a expedição também serão professores. A bordo do navio, são convidados a ministrar uma série de palestras, além de orientar os alunos que estudam em suas áreas. Os estudantes e pós-graduandos que solicitarem participação na expedição também deverão enviar projetos de pesquisa. A comissão agendará entrevistas e, se necessário, consultará os supervisores. As candidaturas podem ser submetidas até 5 de abril, e a lista de participantes da expedição será anunciada no fim do mês.
Shamrái E. A., membro da expedição Universidade Flutuante do Ártico 2013
Shammray (CC BY-SA 4.0)Já os universitários de outras regiões terão um concurso à parte, organizado pela Sociedade Geográfica Russa. Os requisitos são os mesmos, segundo o chefe da expedição: eles deverão apresentar um projeto científico sobre o Ártico. A expedição terá 56 participantes, dos quais um em cada dois será estudante ou pós-graduando.
A expedição será realizada a bordo do navio de pesquisa e reconhecimento Professor Moltchanov. As instalações do navio são suficientes para realizar praticamente todos os trabalhos no mar. Possui laboratórios e todas as condições necessárias para a condução de testes. “Para nós é uma ótima opção”, afirma o cientista. “O porto base do navio é em Arkhanguelsk. A embarcação pode navegar bem próxima à costa, e os pesquisadores podem usar lanchas para alcançá-la. O Professor Moltchanov é bem confortável para os membros da expedição ficarem lá por cerca de um mês”.
Imagem do navio del buque Professor Moltchanov perto de Barentsburgo, Noruega
Alastair Rae (CC BY-SA 2.0)A previsão é que o Professor Moltchanov deixe Arkhanguelsk em 23 de junho, com a seguinte rota: Ilha Kolguev – Ilha Vaigatch – Ruskaia Gavan (Novas Zembla) – Ilhas Oranskie – Cabo Jelaniia (Novas Zembla) – Ledianaia Gavan (Novas Zembla) – Ilha Sosnovets – Arkhanguelsk. A expedição deverá seguir até 12 de julho, mas pode durar até 16 de julho.
Professor Moltchanov no sopé de uma geleira, 2010
BluesyPete (CC BY-SA 3.0)Os participantes da expedição irão realizar estudos diversos, dentre os quais alguns são comuns a toda viagem da Universidade Flutuante. Por exemplo, experimentos que tratam da biodiversidade do Ártico, dos processos de mudança climática e da contaminação da água, do ar e do solo. “Temos monitorado a situação da poluição devido ao aumento da navegação na área. Muitos navios que usam a Rota do Mar do Norte cercam Nova Zembla pelo norte”, continua o cientista. “Também tentamos ficar de olho na situação do lixo marinho.”
A Universidade Flutuante tem uma série de objetivos primordiais: novos conhecimentos sobre as condições e mudanças nos ecossistemas dos mares, territórios costeiros, ilhas e arquipélagos do Ártico. Além disso, a iniciativa pretende também promover estudos e orientações sobre o Ártico entre os estudantes e formar jovens especialistas.
Foto tirada no Mar de Kara a bordo do navio Professor Moltchanov durante a Universidade Flutuante do Ártico 2013
Varakin Evguéni (CC BY-SA 4.0)Durante a viagem, os futuros profissionais adquirem conhecimento de como trabalhar em um projeto científico, adquirem habilidades práticas sobre comportamento seguro em condições de navegação e tornam-se capazes de dominar novos rumos. Por exemplo, em meio às expedições, estudantes e até pesquisadores de diferentes ramos se ajudam na contagem de mamíferos marinhos e aves, enquanto os estudam – bem como nos estudos do lixo marinho, que se tornam um grande problema para os mares árticos.
Embora os cientistas tenham experiência em expedições ao Ártico, os estudantes, em sua maioria, carecem dela e têm apenas uma vaga ideia da região para onde estão indo, explica o líder da expedição. É por isso que o curso de palestras sobre o Ártico começa bem antes da partida. “O mais importante é entender os requisitos de segurança, pois a assistência médica mais próxima fica a mil quilômetros de distância”, disse à TASS. “Portanto, uma das exigências é estudar técnicas de comportamento seguro, tanto no mar quanto em solo.”
Urso polar
Alan Wilson (CC BY-SA 3.0)Entre os parceiros e patrocinadores do projeto estão o banco VTB, Novatek, Norilsk Nickel, o governo da região de Arkhanguelsk, a Sociedade Geográfica Russa e o Parque Nacional do Ártico Russo.
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