México e Rússia assinam acordo de cooperação científica que poderá beneficiar Brasil 

Ciência e Tecnologia
MARIA ALEKSÁNDROVA
O Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear (ICPN) de Dubná, na Rússia Central, e o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do México (CONACYT) assinaram na semana passada um acordo que ampliará consideravelmente suas possibilidades de cooperação.

O Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear (ICPN) de Dubná assinou, na semana passada, uma declaração de intenções conjunta com o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do México (CONACYT), segundo a agência TASS. Com isso, as partes se comprometeram a trabalhar juntas no campo da pesquisa científica avançada, básica e aplicada.

“Assinamos hoje um acordo intergovernamental que abre novos horizontes de cooperação com o México. O programa científico do Instituto corresponde perfeitamente ao das universidades e organizações científicas mexicanas. Essa cooperação abrirá oportunidades a todos os países participantes do instituto”, declarou o diretor do ICPN, Grigori Trúbnikov. 

O cientista também destacou que a cooperação com o México propiciará também um novo impulso ao desenvolvimento das relações do instituto com a Argentina e o Brasil.

A assinatura do documento pela Rússia ocorreu em Dubná, no âmbito da 133ª sessão do Conselho Científico do ICPN. Já o México foi representado pela diretora-geral do CONACYT, María Elena Álvarez-Buylla Roces, que assinou o documento na capital mexicana.

“O México está disposto a dar mais um passo rumo ao entendimento mútuo. Acreditamos no poder do conhecimento e temos grandes esperanças para o futuro juntos”, enfatizou o embaixador do México na Rússia, Eduardo Villegas Megías, que esteve presente em Dubná.

Antes da cerimônia em Dubná, a presidente da Sociedade Mexicana de Física e professora do Instituto de Física da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), Ana María Cetto Kramis, também discursou. Em sua fala, destacou áreas promissoras de cooperação, como o uso de radiação síncrotron para estudar as características de novos materiais, bem como pesquisas teóricas e experimentais no campo da física de plasma, segurança nuclear e radiológica, dosimetria e física e química das radiações.

“A Declaração Conjunta de Intenções é um documento muito significativo, expressa a vontade de ambas as partes de trabalharem juntas e o compromisso de transformar os planos em realidade. Não é o primeiro passo em nossa cooperação, nossa colaboração com o ICPN está em andamento há vários anos no âmbito do projeto NICA, porém o acordo ampliará consideravelmente as possibilidades de cooperação. Estamos muito otimistas com o futuro de nossa cooperação”, declarou Ana María Cetto Kramis, citada pela TASS.

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