As partidas finais do campeonato brasileiro de futebol robótico foram sediadas pelo Centro Universitário da FEI, no campus de São Bernardo do Campo (SP). O torneio fez parte da Competição Brasileira de Robótica 2022.
Duas das categorias mais desafiadoras dentre cinco totais foram ganhas por equipes russas, representadas pelo Centro de Pesquisa MFTI de aplicações de inteligência artificial. Especialistas do Laboratório de Processos e Sistemas de Controle de Ondas liderados pelo pesquisador Roman Gorbatchov trabalharam no software e na mecatrônica dos imbatíveis robôs-futebolistas.
A equipe Starkit HL competiu na Liga Humanoide, que apresenta robôs antropomórficos da classe KidSize (eles têm o tamanho de uma criança), com altura variando de 40 cm a 90 cm. Os futebolistas-robôs russos ganharam o primeiro jogo do torneio de 10 a 0. O primeiro tempo teve oito gols, mas os árbitros interromperam o jogo e no segundo tempo declararam a vitória com uma clara vantagem. O jogo final foi disputado pelos melhores robôs do Brasil, com um placar mais modesto: só 6 a 0.
Para a segunda equipe da Starkit SPL, a trajetória foi mais curta: havia apenas as semifinais e a final. Na Liga de Plataformas Padrão, todos os participantes têm os mesmos robôs padrão. Ninguém pode ganhar vantagem através de uma melhor mecatrônica ou outro hardware. A competição ali é entre algoritmos de inteligência artificial: qual equipe tem os melhores matemáticos e programadores.
Na semifinal, os "jogadores juniores" também derrotaram o adversário por 10 a 0. E, na final, o jogo terminou em 10 a 1 para os russos já no primeiro tempo.
Além dos robôs, o Brasil também foi visitado por seus criadores: estudantes de graduação e pós-graduação e cientistas do Instituto de Física e Tecnologia de Moscou — um total de 12 membros da equipe russa. A delegação russa no torneio foi liderada pelo doutor Egor Davidenko, um dos principais pesquisadores do laboratório de processos de ondas e sistemas de controle, treinador de jogos e o diretor científico e técnico das equipes Starkit.
Os capitães das equipes foram o doutor Serguêi Semendiaev, um dos principais pesquisadores do Laboratório de Processos de Ondas e Sistemas de Controle do MFTI (Starkit SPL), e o estudante de pós-graduação Vladimir Litvinenko.
LEIA TAMBÉM: Programador russo faz avô morto ‘voltar à vida’ em um robô do Exterminador
Para ficar por dentro das últimas publicações, inscreva-se em nosso canal no Telegram