Nicarágua inicia testes de nova vacina russa contra covid-19

Ciência e Tecnologia
VICTÓRIA ARBAIZA
CoviVac usada em testes é produzida no país da América Central, onde linha de produção deve se iniciar em 2022.

O Instituto Mechnikov de Biotecnologia da Nicarágua deverá iniciar uma linha de produção da vacina russa "CoviVac", contra covid-19, de acordo com o assessor presidencial de Investimento, Comércio e Cooperação, Laureano Ortega Murillo.

“Nosso governo, graças aos esforços da fraterna Federação Russa, suas instituições e ministérios, está iniciando testes para a produção da vacina contra o coronavírus aqui na Nicarágua”, anunciou Ortega Murillo. Segundo ele, o fornecimento de matérias-primas russas já começou, e a vacina estará disponível no mercado interno em 2022.

A Nicarágua já importa as vacinas russas contra o coronavírus Sputnik V e Sputnik Light. A vacinação se iniciou no país em março de 2021 e, além das vacinas russas, os nicaraguenses podem receber a Covishield e AstraZeneca.

"Esperamos que as estruturas farmacêuticas russas possam nos ajudar a finalizar os testes e a lançar a linha de produção do medicamento russo na Nicarágua. Ele poderá ser usado para vacinação na Nicarágua e em outros países da América Central”, disse o diretor da seção latino-americana do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Aleksandr Schetínin.

O Instituto Mechnikov foi construído na periferia da capital nicaraguense em 2016, seguindo acordo de cooperação bilateral entre a Rússia e a Nicarágua. A instituição é administrada por uma empresa nicaraguense e conta com o apoio do Instituto de Pesquisa de Soro e Vacinas de São Petersburgo, que oferece suas tecnologias e participa do treinamento de pessoal.

Em abril de 2019, o Instituto Mechnikov começou a produzir os primeiros lotes comerciais da vacina contra a gripe para países latino-americanos. A capacidade de sua linha de produção é de até 10 milhões de doses vacinais por mês.

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