A temperatura da Terra vem aumentando paulatinamente devido às emissões de gases de efeito estufa, de modo que nos próximos anos ela atingirá os índices que regiam nosso planeta há 35 milhões de anos, segundo Aleksandr Tchernokulskiun, pesquisador associado sênior do Instituto de Física Atmosférica da Academia Russa de Ciências.
Em discurso no festival de cinema ecológico ‘Ecochaska’, Tchernokulskiun afirmou que diferentes cenários são possíveis conforme a temperatura global subir.
“No caso do cenário 'tudo continua igual' [a quantidade de gases de efeito estufa antropogênico não diminuir], o que está em curso, a temperatura fará o planeta recuar 35 milhões de anos”, disse o cientista russo, citado pela agência de notícias RIA Novosti.
No entanto, a temperatura global é apenas um dos fatores climáticos e por isso não há como falar sobre a possibilidade de rinocerontes gigantes, por exemplo, reaparecerem na Terra.
“Todo o sistema seria diferente. A vegetação seria completamente diferente, assim como a distribuição diferente dos continentes. Na época não havia muitas geleiras, o nível do oceano era diferente, a composição química da atmosfera era outra”, acrescentou.
De acordo com o site do Instituto Geológico de Pesquisa Científica de Sverdlovsk, 35 milhões de anos atrás, na era Paleoceno, surgiram na Terra os ancestrais dos ungulados, protozoários e marsupiais; e muitos representantes dos gêneros animais modernos apareceram no início do Eoceno. Nesse período, formas de vida terrestre atingiram suas dimensões máximas, com o surgimento de rinocerontes gigantes; no ambiente aquático, o robalo conquistou todas as bacias marinhas e de água doce.
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