A empresa Kromis, que desenvolveu do medicamento Avifavir para tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus, fornecerá mais de 300 mil pacotes de medicamento para Brasil até o final de 2021, segundo a agência de notícias Tass.
"A empresa Kromis, do Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, e o grupo Himrar assinaram um contrato de licenciamento e cooperação com a empresa brasileira Axis BioTec, para fornecer ao Brasil o primeiro medicamento russo para tratamento da covid-19, chamado Avifavir", lê-se em comunicado do Fundo de Investimentos Diretos da Rússia.
Até o final de 2020, a Kromis fornecerá ao Brasil pelo menos 100 mil pacotes de Avifavir e, em 2021, o Brasil comprará pelo menos 200 mil pacotes adicionais.
O Avifavir é o primeiro medicamento russo com ação antiviral direta a demonstrar eficácia em testes clínicos, revelando-se capaz de romper os mecanismos de reprodução do novo coronavírus. No entanto, apesar da eficácia em estudos preliminares, especialistas alertam contra uso indiscriminado de Avifavir devido a ausência de embasamento clínico suficiente.
"A América Latina e o Brasil, em particular, estão em uma situação difícil com a disseminação do coronavírus. O nosso medicamento permitirá realizar tratamento eficaz dos pacientes, reduzindo a carga sobre o sistema de saúde", declarou o diretor-geral do Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, Kirill Dmitriev.
"Estamos prontos para atender à crescente demanda estrangeira pelo Avifavir e estamos abertos a novas parcerias internacionais", completou.
Segundo a revista americana “Newsweek”, mais de 50 países já assinaram contratos para o fornecimento de Avifavir, entre eles o México, o Peru, a Colômbia, a Bulgária, o Cazaquistão e a Arábia Saudita.
Segundo Dmítriev, o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia analisou mais de 140 vacinas contra o coronavírus.
"Até agora, nenhuma vacina no mundo foi oficialmente aprovada antes de pelo menos quatro anos de testes. No entanto, nossa análise mostra que as primeiras vacinas no mercado serão as baseadas no adenovírus, que devem receber aprovação oficial em setembro deste ano. Elas contêm o gene do pico do coronavírus que entra no corpo humano através de um mecanismo de entrega comprovado baseado no adenovírus", diz Dmítriev.
Segundo ele, as três vacinas baseadas em adenovírus já mostraram bons resultados na primeira fase de testes clínicos. Uma delas foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, na Rússia, e as outras duas, pela Universidade de Oxford em colaboração com o laboratório Astra Zeneca e a empresa chinesa CanSino Biologics. "Acreditamos que será necessário começar a produção das todas as três vacinas", completou Dmítriev.
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