Exército russo abre novos hospitais para diagnosticados com covid-19

Ciência e Tecnologia
NIKOLAI LITÔVKIN
Centros médicos modulares estão sendo construídos em todas as regiões, desde o exclave de Kaliningrado até o Extremo Oriente da Rússia.

No final de março, o Ministério da Defesa russo iniciou a construção de centros médicos militares multifuncionais em todas as regiões da Rússia para combater o coronavírus. Segundo os militares, o primeiro hospital desse tipo será inaugurado na cidade de Níjni Nôvgorod em meados de abril. 

O governo destinou 8,8 bilhões de rublos (cerca de US$ 110 milhões) para a construção desses hospitais militares. De acordo com as primeiras estimativas, os centros médicos poderão receber até 1.600 pacientes. 

"Todos os novos hospitais do Exército e da Marinha serão equipados com os equipamentos médicos mais modernos, incluindo tomógrafos, máquinas para anestesiologia, endoscopia e oxigenação extracorporal", lê-se no comunicado da pasta da Defesa.

Quem vai tratar os pacientes?

O tratamento de pacientes com coronavírus será realizado por médicos das unidades de proteção química, biológica e de radiação.

Em tempo de guerra, essas unidades são responsáveis pela eliminação das consequências do uso de armas de destruição maciça, mas, em tempo de paz, participam do tratamento de epidemias. 

Hoje, quase todos esses especialistas russos estão ajudando a combater a pandemia de coronavírus no norte da Itália.

"Quando os médicos retornarem à pátria, serão enviados para essas novas instalações para tratar os pacientes russos'", explica o analista militar Dmítri Safonov.

"A Rússia já decifrou o genoma do coronavírus chinês e está agora trabalhando no código da variante europeia da doença. O principal objetivo dos médicos militares será a criação de um medicamento eficaz para tratar todos os tipos de coronavírus existentes", completou.

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