Ao contrário das salamandras, os seres humanos não são capazes de regenerar um membro após uma lesão
Reinhard Hölzl/Global Look PressA regeneração de tecidos é um campo completamente novo na ciência. A maioria das terapias com células estaminais tem sido ineficaz na formação de novos tecidos: as células estaminais embrionárias, por exemplo, não podem ser usadas no tratamento de tecidos danificados devido à probabilidade de formação de tumores.
No entanto, a Universidade Politécnica de São Petersburgo desenvolveu novos materiais poliméricos que reparam órgãos humanos pós-trauma, como parte de um programa apoiado pelo governo russo, chamado Projeto 5-100.
Segundo os cientistas, graças ao estudo, foi possível desenvolver um tecido ósseo alternativo: um material poroso tridimensional feito de colágeno e de quitosana, que permite restaurar partes do osso perdido resultante de um trauma ou doença.
Além disso, esses materiais que “imitam” os tecidos naturais seriam capazes de ludibriar o corpo para que ele não rejeite o objeto estranho. E, com o tempo, o tecido artificial pode ser substituído pelo natural.
“Não estamos enganando a natureza; estamos apenas ajudando-a a lidar com um problema médico”, diz Vladímir Iudin, chefe do laboratório responsável. “A pessoa com um órgão artificial deve tomar medicação pelo resto da vida para evitar que o corpo o rejeite, o que não é o caso de tecidos cultivados a partir de células humanas.”
Os resultados dos estudos pré-clínicos mostraram que, após um certo período de tempo, uma esponja tridimensional embutida em um osso é coberta com tecido ósseo natural, enquanto o próprio material se decompõe.
Os cientistas estudaram a esponja de colágeno tanto no fígado como no tecido muscular, e o material também estimulou a sua restauração. Os estudiosos desenvolveram ainda coberturas de feridas, próteses de vasos sanguíneos e fios de sutura que ajudam a regenerar o tecido natural do corpo.
O artigo “Biorreabsorção de matrizes 3D porosas baseadas em colágeno em tecido hepático e muscular” foi publicado pela revista “Cell and Tissue Biology”.
Recentemente, laboratórios na Rússia e na Áustria também fizeram progressos significativos para curar alergias a gatos, que são duas vezes mais comuns que as alergias a cães e cujas tentativas de desenvolver de uma vacina jamais foram bem-sucedidas. Leia mais também sobre esse estudo.
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