Nanossatélites são satélites artificiais com massa líquida entre 1 e 10 kg
DivulgaçãoUma imagem embaçada de dois cosmonautas russos executando tarefas fora da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) foi publicada pela agência espacial americana Nasa na última quinta (17).
Durante seis horas, o comandante Fiódor Iurtchikhin e o engenheiro de voo Serguêi Riazanski fizeram sua primeira caminhada espacial em quase seis meses a bordo da estação para implantar manualmente cinco nanossatélites a partir de uma escada fora da cabine pressurizada.
Um dos satélites instalados foi feito com tecnologia de impressão 3D por estudantes da Universidade Politécnica de Tomsk para celebrar o 120º aniversário da instituição.
O novo dispositivo, que ficará em órbita por cerca de 18 meses, pretende testar os efeitos da órbita terrestre baixa em materiais impressos em 3D. No entanto, qualquer entusiasta amador poderá captar o sinal do satélite na frequência de 437,025 MHz.
Já o segundo satélite, comemora o 160º aniversário do nascimento do cientista e pioneiro da aviação, Konstantin Tsiolkovski; e os demais são nanossatélites que, segundo os planos da corporação espacial russa Roscosmos, compõem a plataforma a ser usada para desenvolver a produção de uma série de instrumentos similares.
Revolução dos nanossatélites
Os satélites regulares são caros de construir e lançar, mas os nanossatélites (satélites artificiais com massa líquida entre 1 e 10 kg) estão transformando o setor espacial.
“O mercado global de pequenos satélites já superou os US$ 2 bilhões”, afirma Andrêi Tiulin, diretor-geral da empresa Russian Space Systems, que está por trás do recente lançamento. “Esse mercado crescerá 4 vezes na primeira metade da próxima década.”
Tiulin qualificou a implantação dos cinco nanossatélites “uma experiência importante”, ao destacar que a Rússia dispõe de uma “nova plataforma profissional que, nos próximos anos, permitirá reduzir os custos financeiros, bem como o tempo necessário para o desenvolvimento de novas tecnologias e pesquisas espaciais”.
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