Nicarágua inaugura nova estação do sistema Glonass

A Rússia assinou o acordo com a Nicaragua sobre a construção das estações do Glonass, em 2012.

A Rússia assinou o acordo com a Nicaragua sobre a construção das estações do Glonass, em 2012.

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Governos negam acusações de que local seria uma base de espionagem russa.

A nova estação de ajuste de dados do sistema de localização por satélite russo Glonass foi inaugurada no dia 7 de abril, ao sul da capital da Nicarágua, Manágua. O diretor da Agência Espacial russa (Roscosmos) e diretor do Instituto Nicaraguense de Telecomunicações e Correio  (Telcor), Orlando Castillo Castillo, participaram da cerimônia de inauguração.

O local servirá inicialmente à agência espacial russa, enviando informações 24 horas por dia, que depois será passada ao Instituto de Telecomunicações da Nicarágua.

A Rússia assinou o acordo com a Nicaragua sobre a construção das estações do Glonass, que serve de alternativa ao sistema americano GPS, em 2012. O acordo de cooperação espacial foi ratificado pelos parlamentos de ambos os países em abril de 2016.

"É um Sistema de Posicionamento Global e Monitoramento que nos permitirá intensificar o trabalho de prevenção de desastres", lê-se no relatório do Telcor, publicado após a inauguração da estação.

Além disso, a estação ajudará a recolher informações meteorológicas mais precisas, apoiar o setor agrícola da Nicarágua e ajudar a analisar os registros sísmicos.

Base de espionagem

Logo após a inauguração, a imprensa dos Estados Unidos afirmou  de que a nova estação poderia se tornar um centro de espionagem russo. "O governo da Nicarágua afirma que é uma versão russa do sistema GPS. Mas também poderia ser uma base de espionagem para monitorar os americanos”, escreve Joshua Partlow, colunista do Washington Post em um artigo publicado em 8 de abril.

O governo da Nicarágua nega. Segundo o diretor do Telcor, Orlando Castillo, o objetivo da estação é fornecer apoio tecnológico para a Nicarágua para melhorar o combate contra o tráfico de drogas, desastres naturais e mudanças climáticas.

"Não é para espionar ninguém", disse Castillo à imprensa latino-americana. "Os Estados Unidos têm mais de 800 satélites que estão funcionando e ninguém está dizendo que estão praticando espionagem”, declarou.

O presidente do Comitê de Defesa da Duma, a câmara dos deputados russa, Vladímir Chamánov, também disse à agência de notícias russa Ria Nóvosti que a acusação de espionagem é falsa. "É um absurdo, uma fantasia para leitores ignorantes”, disse Chamanov.

Atualmente, o Brasil possui também quatro estações do sistema russo de navegação global por satélite Glonass.

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