México, Espanha e Rússia aniquilam vírus mortal de camarões

Vírus ameaça crustáceos também no Brasil, e se caracteriza pelo aparecimento de manchas brancas na casca do camarão.

Vírus ameaça crustáceos também no Brasil, e se caracteriza pelo aparecimento de manchas brancas na casca do camarão.

Reuters
Cientistas dos três países desenvolveram medicamento que combate o ‘mancha branca’, que mata uma produção inteira desses crustáceos em apenas três dias e afeta também o Brasil.

Pesquisadores da Universidade Politécnica de Tomsk (Rússia), do Centro de Nanociências e Nanotecnologia da Universidade Nacional Autônoma do México e do Instituto Nacional de Pesquisa e Agrícolas e Tecnologia de Alimentos (Espanha) desenvolveram um medicamento baseado em nanoelementos de prata que permite combater o vírus "mancha branca", que causa a morte de camarões.

A droga foi aprovada no México e mostrou resultados impressionantes.

"As pesquisas mostraram que 80% dos camarões sobreviveram ao vírus após a injeção da droga experimental. O efeito dos nanoelementos de prata na aquicultura nunca tinha sido estudado antes", declarou o porta-voz da Universidade Politécnica de Tomsk.

Cientistas russos já tentavam há algum tempo criar um medicamento contra o vírus "mancha branca", mas nenhum dos experimentos tinha sido bem-sucedido.

"Os camarões são um produto de exportação muito importante para o México, e o vírus ‘mancha branca’ era um dos principais problemas enfrentados pelo setor na atualidade. A epidemia começou há anos e já matou milhões de camarões. O sintoma principal do vírus é o aparecimento de manchas brancas na casca do camarão. O vírus não é transmitido aos seres humanos, mas causa perdas devastadoras para o setor", explica o diretor do departamento de Química, Física e Analítica da Universidade Politécnica de Tomsk, Aleksêi Pestriakov.

Segundo os cientistas russos, os nanoelementos de prata foram aprovados contra 25 tipos de doenças.

Muitos medicamentos baseados nessa substância ativa permitem curar doenças bacterianas de gado e animais domésticos.

No futuro, os cientistas pretendem receber um certificado para tratar também doenças humanas com os nanoelementos de prata.

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