Queda de meteoritos é mais frequente do que se imagina, dizem cientistas
Iúri Smitiuk/TASSNo último dia 6 de dezembro, um meteorito caiu no distrito de Saianogorsk, na república de Khakássia. De acordo com relatórios oficiais, o corpo celeste tinha entre 10 e 15 metros de diâmetro e tinha composição rochosa ou de água rochosa. Apesar do brilho que iluminou o céu da região e causou furor entre os locais, os cientistas afirmam que esse tipo de corpo celeste caem na Terra todos os dias.
Meteorito Sikhote-Alin
Este é um dos maiores e mais famosos meteoritos que já caíram não só no Extremo Oriente russo, mas no planeta inteiro. Na manhã de 12 de Fevereiro de 1947, os moradores do vilarejo de Beitsukh, em Primorski, viram um objeto brilhante no céu, que antecedeu uma grande explosão.
Especialistas descobriram 106 crateras e buracos com 1 a 28 metros diâmetro e até 1,8 metro de profundidade; além disso, estima-se que pesava cerca de 100 toneladas.
Uma das testemunhas foi o pintor Piotr Medvedev, que estava retratando a paisagem local no momento em que o meteorito caiu. Dez anos mais tarde, o desenho foi parar em um selo postal.
Em 1972, o vilarejo foi renomeado como Meteoritni.
Meteorito Sikhote-Alin estampou selos uma década após queda Foto: RIA Nôvosti
Meteorito de Boguslavka
Em 18 de outubro de 1916, uma poderosa explosão aconteceu a quase 5 quilômetros da aldeia de Boguslavka. Uma grande cavidade se formou no local da queda, que mais tarde se tornou um lago. O corpo de água não existe mais, mas os contornos da formação podem ser vistos claramente até os dias de hoje.
Meteorito de 255 kg é um dos maiores cuja queda foi observada por humanos Foto: Gueórgui Kopitov/wikipedia.org
Meteorito de Omolon
Este corpo celeste caiu na Terra em 16 de maio de 1981 a uma curta distância da vila de Omolon, na região de Magadan. O criador de renas Ivan Tinavi foi a única pessoa que o viu cair. Ele pegou um pequeno fragmento do meteorito e, durante vários anos, levava-o consigo pela tundra. Em 1989, cientistas no Extremo Oriente russo enfim souberam da descoberta de Tinavi.
O meteorito Omolon, que pesava 250 quilos, é uma evidência inestimável por causa de seu tipo (palasitos de primeira classe) e forma (pirâmide perfeita de quatro lados).
Tinavi ao lado de sua descoberta Foto: Arquivo
Meteorito de Aliskerovo
Em 10 de julho de 1977, os mineradores do vilarejo de Aliskerovo, em Tchukhotka, estavam perfurando o solo quando descobriram um pequeno objeto metálico que se assemelhava a uma ferramenta. No início, a descoberta não recebeu muita atenção, mas depois um dos trabalhadores sugeriu que poderia ser um meteorito.
Eles decidiram então esperar pela opinião profissional de um geólogo, que confirmou a origem extraterrestre do objeto. Durante a análise, concluiu-se que o corpo celeste havia caído na Terra há milhares de anos.
Meteorito de Bilibino
Outro meteorito foi encontrado em Tchukhotka em 20 de junho de 1981 – e também em uma mina de ouro. A uma profundidade de 13 metros, as escavadoras se chocaram com um pedaço de metal fundido preso no permafrost. A descoberta de 100 quilos foi cuidadosamente extraída e enviada para testes em Magadan. Os geólogos concluíram que o meteorito caiu na Terra há cerca de 3.000 a 6.000 anos.
Pedaço metalizado estava encrustado no solo congelado Foto: Museu de História Natural
Meteorito Oiogos-Iar
Este é o meteorito mais setentrional de todos os que já foram descobertos pelo homem. Em 1990, Vadim Riabtchun, um funcionário do Museu de Geologia de Magadan, encontrou-o na costa da Iakútia. A rocha, cuja superfície estava derretida e oxidada, caiu na Terra em torno de 10 mil anos atrás.
Embora o peso do meteorito fosse somente 11 quilos, uma parte menor que a metade de uma onça foi enviada a Moscou para análise.
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