Governo investirá US$ 20 milhões em tecnologias para exploração do Ártico

Hoje, 90% dos equipamentos de exploração usados no Ártico são importados

Hoje, 90% dos equipamentos de exploração usados no Ártico são importados

Vostock-Photo
Nacionalização de equipamentos e criação de fontes de energia renovável estão entre metas russas até 2030.

A Rússia injetará US$ 20 milhões no desenvolvimento de tecnologias para exploração do Ártico até 2030, declarou o vice-primeiro-ministro russo, Dmítri Rogôzin, durante o fórum de novas tecnologias Tekhnoprom, em Novosibirsk, na Sibéria.

Os investimentos se concentrarão principalmente na aquisição de novos navios e tecnologias para exploração das jazidas de petróleo na plataforma continental.

Segundo Rogôzin, os projetos ajudarão a reduzir a dependência russa de equipamentos e tecnologias importadas, inclusive nas áreas de estudos sísmicos, tecnologias de preservação do calor, materiais de construção e meios de comunicação.

Hoje, 90% dos equipamentos de exploração usados no Ártico são importados, observou Rogôzin.

“Novosibirsk tem o potencial para criar novas tecnologias que poderão ser testadas no Ártico", disse o governador da região, Vladímir Gorodétski.

Durante o evento, cientistas russos apresentaram suas inovações. “Agora, temos que realizar estudos climáticos e compreender como os materiais reagem às condições de permafrost", disse Roman Tcherepánin, diretor departamento de materiais para o clima do Ártico do Instituto de Materiais Aeronáuticos.

Energia renovável

Atualmente, mais de 20 milhões de toneladas de carvão e até 8 milhões de toneladas de combustíveis e lubrificantes são enviados para o Ártico para garantir o funcionamento das bases russas na região. Isso tem um impacto negativo sobre a ecologia.

Segundo Rogôzin, é preciso criar fontes de energia renováveis para garantir o desenvolvimento seguro da região.
A Rosatom, maior empresa de energia atômica da Rússia, desenvolveu novos reatores nucleares modulares que não exigem a presença permanente de especialistas. “No Ártico poderemos usar instalações de energia nuclear com uma capacidade não superior a 40 ou 60 megawatts”, disse Viatcheslav Perchukov, vice-diretor da Rosatom.

Rota do Mar do Norte

Outro objetivo estratégico será o desenvolvimento da Rota do Mar do Norte – rota marítima que liga a parte europeia da Rússia e o Extremo Oriente do país.

Segundo o diretor do Instituto Oceanográfico Estatal das Rússia, Iúri Sitchev, o país terá que criar apenas um operador de logística para coordenar o transporte ao longo da Rota do Mar do Norte. "Realizamos uma pesquisa entre os representantes de grandes empresas de logística e recebemos apoio unânime para o projeto”, diz Sitchev.

De acordo com as previsões do Ministério do Desenvolvimento do Extremo Oriente da Rússia, até 2030, o volume de transporte de carga ao longo dessa rota aumentará quase 10 vezes, de 5,4 para 51 milhões de toneladas.

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