Fotossíntese permite transformar luz em energia com aproveitamento de 90%
ShutterStock/Legion-MediaEmbora o orçamento da Rússia seja altamente dependente das receitas de exportações de petróleo e gás, os cientistas de um Instituto Timiriazev de Fisiologia Vegetal da Academia Russa de Ciências, em Moscou, estão tentando criar uma fonte alternativa e renovável de energia.
Juntamente com especialistas da Alemanha, da Nova Zelândia, do Canadá e do Irã, os pesquisadores de Moscou estão trabalhando em um novo método que poderá ajudar a humanidade a acabar com a dependência de combustíveis fósseis.
Os cientistas já encontraram um catalisador capaz de dividir a água em oxigênio e hidrogênio da mesma maneira as plantas fazem no processo da fotossíntese. O catalisador identificado é um composto de manganês, sendo ideal para a fotossíntese artificial já que ocorre naturalmente.
Com a recente descoberta, os cientistas acreditam que os carros no futuro serão abastecidos não com gasolina ou etanol, mas com hidrogênio líquido. A expectativa é que, com um único tanque cheio, o carro possa rodar por 2.000 a 3.000 quilômetros.
Esta previsão se baseia no fato de a fotossíntese transformar luz em energia com um índice de conversão superior a 90%, enquanto as baterias solares, por exemplo, apresentam, em média, uma taxa de conversão de apenas 16%.
“O catalisador vai separar água em oxigênio e hidrogênio e, assim, vamos começar a produzir energia renovável. Quando realizarmos esse processo em escala industrial, isso vai revolucionar o setor de energia da Terra, porque o Sol é uma fonte natural e inesgotável de energia”, afirma diz Pável Vorónin, chefe de laboratório no Instituto de Fisiologia Vegetal.
Os cientistas advertem, porém, que a descoberta passará por testes antes da implementação prática. Em primeiro lugar, será necessário decodificar o processo pelo qual o oxigênio é separado das moléculas de água e compreender o princípio de oxidação da água durante a fotossíntese.
“No futuro, a quantidade de hidrogênio produzido pela fotossíntese será suficiente para usá-lo como combustível em motores próprios”, prevê Vladímir Tsidendambaiev, vice-chefe do instituto em Moscou.
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