Serra Leoa foi um dos três países mais afetados por recente surto de ebola
ReutersO governo russo anunciou o registro de duas novas vacinas contra ebola que, segundo o presidente Vladímir Pútin, são mais eficazes do que todos os outros medicamentos atualmente em uso no tratamento de doenças causadas por esse vírus.
“Registramos uma vacina contra a febre causada por ebola, que, após uma série de testes, demonstrou alta eficácia. Sua eficiência é maior do que os outros remédios utilizados no mundo até agora”, declarou Pútin, citado pela agência de notícias Tass.
A ministra da Saúde russa, Veronika Skvortsova, confirmou o sucesso obtido com os testes. “Uma das vacinas é única. Todos os pacientes vacinados conseguiram neutralizar o vírus”, disse.
Segundo a ministra, a segunda variante age especificamente em portadores de imunodeficiência, entre eles soropositivos, e demonstrou efeitos superiores aos de sua análoga britânica.
Skvortsova informou ainda que a Guiné, país da África ocidental onde foi iniciada a epidemia mais grave de ebola, já entrou em contato com as autoridades russas solicitando ajuda para fornecer a vacina em seu território “nos próximos meses”.
Os trabalhos da Rússia no continente africano começaram em 2014, logo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciar a epidemia do vírus na Guiné, Libéria e Serra Leoa.
Desde então, além de retomar os trabalhos no laboratório de pesquisa sovético-guineano de febres tropicais, o governo russo alocou US$ 80 milhões para o desenvolvimento de vacinas e ajuda humanitária no combate à epidemia no país africano.
Nesse ínterim, outras vacinas contra ebola foram desenvolvidas e testadas nos países afetados pela epidemia. A solução produzida pela norte-americana Merck, por exemplo, foi aplicada pela OMS em 4000 pacientes da Guiné no ano passado e obteve resultados positivos.
Até o fechamento desta matéria, a Gazeta Russa não conseguiu obter a confirmação do registo das novas vacinas russas junto aos serviços competentes.
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