Utilização de método vai encurtar a execução de análises de dias para minutos
Marina Listseva/TASSOs novos chips biossensores de grafeno ajudarão no teste de medicamentos e vacinas de HIV, hepatite e herpes, além de realizar exames antidoping com mais agilidade e menor custo, garantem os cientistas do Instituto de Física e Tecnologia de Moscou (da sigla russa, MFTI).
“Estamos trabalhando na criação de chips com sensores ultrassensíveis utilizados em análises de alta precisão e estudos pré-clínicos de medicamentos de baixo peso molecular”, disse à Gazeta Russa Iúri Stebunov, um dos autores. O produto está sendo patenteado nos Estados Unidos.
Embora os cientistas já tivessem dados sobre a eficácia e a toxicidade de medicamentos com a ajuda de chips biossensores, o objetivo da pesquisa conduzida no MFTI foi modernizá-los, substituindo as camadas de ligação dos chips existentes por uma fina película de plaquetas ou “flocos” de grafeno e óxido de grafeno.
Isso permitiu aumentar a precisão de análise das reações bioquímicas em quase três vezes e, segundo Stebunov, deve ampliar a esfera de aplicações dos biossensores. A ideia é utilizá-los também no diagnóstico precoce de câncer e doenças virais e no controle de alta precisão do doping.
O aumento da sensibilidade é alcançado graças às propriedades químicas e ópticas exclusivas do grafeno, o primeiro cristal legitimamente bidimensional. Mesmo em concentrações muito baixas, a substância pesquisada reage com o grafeno, ao passo que, com o uso de hidrogel ou moléculas com enxofre, a reação de acoplamento não se completa.
A utilização desse método no futuro poderá ainda reduzir de dias para minutos o prazo de execução das análises.
Pelas estimativas preliminares do MFTI, quando os chips sensores com óxido de grafeno forem produzidos em massa, o custo para o cliente final será inferior a US$ 10. No mercado, análogos variam de US$ 50 a US$ 200.
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