Cena do filme "I Used to Be a Sun Satellite" ("Eu costumava ser um satélite do Sol"), dirigido por Victor Morgenshtern
Pletnev/RIA NôvostiUm programa científico de pesquisas com a participação de macacos foi retomado pelo Instituto de Problemas Biomédicos de Moscou, que já realizou o experimento Mars-500 com humanos entre 2007 e 2011. A meta é que em dois anos os animais estejam preparados para voar a Marte.
Os quatro macacos que compõem o grupo foram criados em viveiros especiais para programas científicos e passaram por uma seleção rigorosa.
Pelo cronograma do projeto, em um ano eles já poderão resolver de cabeça problemas matemáticos. “Os macacos precisam ser treinados, aprender a sentar-se em uma cadeira para, então, executar operações diversas”, diz Inessa Kozlovskaia, uma das dirigentes do instituto.
Assim como os russos, EUA, França, Argentina e Irã já enviaram macacos para o espaço. Na URSS, os pesquisadores preferiam realizar testes com cachorros que, segundo eles, eram mais fáceis de treinar. Além disso, ao contrário dos macacos, os cães não precisam de anestesia.
Em expedições mais longas, porém, como um voo a Marte, os primatas seriam “mais adequados pela possibilidade de assumir o controle da nave”, afirmam os cientistas do instituto.
Também devido à duração de voo, a expedição-teste com macacos vai ajudar a avaliar a interação dos seres nas condições propostas e a obter dados experimentais sobre o estado de saúde, cognição e capacidade de trabalho durante uma viagem longa pelo espaço.
“Caso contrário, podemos enviar pessoas com uma passagem só de ida”, diz Kozlovskaia.
As estimativas para a duração da viagem a Marte variam de acordo com o tipo de missão, mas é previsto que a viagem de ida e volta leve cerca de 520 dias, ou um ano e meio.
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