Teoria conspiratória sugere que viagem do homem à Lua em 1969 foi uma farsa
NasaQuando Vitáli Iegorov assistiu com admiração a sonda Curiosity, da Nasa, aterrissar em Marte há três anos, ele nunca poderia imaginar que o seu fascínio pelo espaço iria um dia levá-lo a criar o seu próprio satélite – muito menos por meio de uma vaquinha on-line de 1 milhão de rublos para dissipar a teoria de conspiração de que astronautas norte-americanos jamais pisaram no solo da Lua.
Iegorov, 33, que trabalha com relações públicas em Moscou, propôs a construção de um satélite que vai entrar em órbita lunar e tirar fotografias de alta resolução da superfície do satélite natural da Terra. A ideia é documentar provas do pouso da nave Apollo 11, bem como das missões soviéticas Luna e Lunokhod.
Mas o projeto ganhou mesmo as manchetes na Rússia depois de Iegorov arrecadar um milhão de rublos (quase US$ 15.500) em apenas cinco dias por meio de um projeto criado na plataforma de crowdfunding Boomstarter.ru.
O entusiasta esperava obter em torno de 800 mil rublos (um pouco mais de US$ 12.000), quando lançou a vaquinha-online em 1º de outubro. Na segunda-feira (5), porém, publicou em seu perfil no Facebook que a campanha já tinha atingido a um milhão, isto é, 200 mil a mais do que havia previsto.
“Eu não estava esperando por isso”, disse ao “The Moscow Times” em uma entrevista por telefone. O montante captado irá abranger apenas a fase do projeto de pesquisa. O custo de realmente criar um satélite pode variar de 5 milhões a 10 milhões de rublos.
A fase de investigação deve durar de seis a 12 meses. “No final, teremos um projeto pronto para ser implementado. Mesmo que não o faça, qualquer empresa com dinheiro e engenheiros qualificados será capaz de torná-lo realidade. Nem o dinheiro nem os esforços vão para o lixo, não importa o que aconteça”, disse Iegorov.
"Mas espero que a gente encontre um investidor ou patrocinador, e que consigamos produzir o satélite nós mesmos”, acrescentou. A expectativa é que o satélite seja lançado à órbita da Lua até 2020.
Na terça-feira (6), mais de 11 mil imagens de arquivo das missões Apollo, realizadas entre 1961 e 1972, foram disponibilizadas na internet.
Dissecando a Lua
Documentar a presença da nave espacial Apollo na Lua não é o único objetivo do projeto, garante Iegorov.
“A ciência está atualmente interessada em [explorar] os polos da Lua, onde foram descobertas correntes de água”, disse ao “The Moscow Times”. “Para examinar essas fontes, são necessárias boas fotos e um mapa da área.”
O satélite terá características diferentes dos exemplares modernos: vai ser mais leve (entre 50 e 100 quilos) do que a maioria das naves existentes e terá apenas um dispositivo – o telescópio para tirar fotos.
Publicado originalmente pelo The Moscow Times
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