Depois de ganhar fama na África e na Ásia, o RPG-7 protagonizou filmes de Hollywood Foto: TASS
RPG-7: Herói de Hollywood
O RPG-7 supera seus descendentes mais modernos e poderosos e garante o primeiro lugar do top. Esse lançador de granadas soviético foi o produto de estreia do grupo de pesquisa e produção Basalt.
Com o tempo, tornou-se popular na África e na Ásia, bem como em filmes de ação de Hollywood, que cimentaram para sempre a sua liderança como o lança-granadas com melhor relação custo-benefício.
Sete anos depois de ser fabricado, criou diversos problemas ao Exército americano no Vietnã. Projéteis com ogivas de grande calibre e que levavam um motor na cauda permitiram aumentar a distância de lançamento de 150 para 500 metros. A ogiva podia perfurar uma blindagem de até 320 milímetros.
O RPG-7 continua sendo usado em conflitos locais devido ao seu baixo custo e produção em massa. Desde que surgiu, foram produzidos mais de 9 milhões unidades. O projétil moderno PG-7VR possui carga dupla: enquanto a primeira distrai a defesa dinâmica do tanque, a segunda atinge a blindagem.
RPG-29: Vampiro
O modelo RPG-29, de 1989, é usado no atual conflito da Síria Foto: Aleksandr Saverkin/TASS
No segundo lugar vem o RPG-29, que é popularmente conhecido como Vampiro.
Na época, o seu principal objetivo era superar qualquer proteção dinâmica de tanque e perfurar blindagens de até 500 mm de espessura. Mas a prática já mostrou que o projétil é capaz de furar uma blindagem homogênea com mais de 600 mm. A ativação do motor do projétil é feita por sistema elétrico.
O Vampiro com calibre de 105 mm vem com munições duplas, cumulativas e termobáricas. Dobrado, ele atinge 1 metro de comprimento. Além disso, o seu kit inclui uma mira telescópica e um bipé para que pudesse ser disparado quando mesmo no chão.
O RPG-29 foi o maior aniquilador de tanques do Exército israelense durante o conflito entre Israel e Líbano em 2006. Tel Aviv confirmou a perda de oito tanques Merkava.
Hoje o Vampiro é ativamente usado na Síria. Também tem como principal vantagem a relação custo-benefício. O seu preço é dez vezes menor do que o de um sistema antimíssil moderno e centenas de vezes inferior ao valor de um tanque – que, por sinal, sai de cena após um disparo único do RPG-29.
RPG-32: Presente para a Jordânia
Além de incorporar sucessos anteriores, RPG-32 acrescentou tecnologia moderna Foto: Váleri Charifulin/TASS
Os projetistas russos da NPO Basalt já tentavam superar a proteção ativa das viaturas blindadas antes de ela começar a ser usada em exércitos. Mas o projeto mais bem-sucedido surgiu, em 2006, a partir da joint venture com a empresa Jresko, da Jordânia: Hashim ou RPG-32.
Além de incorporar os sucessos de lançadores de granadas anteriores, acrescentou tecnologia moderna, desde munições a mira de visão noturna. Pela primeira vez na história, um RPG foi colocado ao serviço dos exércitos da Jordânia e da Rússia com o mesmo padrão.
O RPG-32 não tem unidades de fornecimento de energia, embora o sistema de lançamento seja elétrico.
Além disso, tem sistema reutilizável, que permite atacar o inimigo com munições de 75 mm e 105 mm. A de 105 mm consegue perfurar proteções de 1000 mm, e a de 75 mm, superfícies blindadas de até 500 mm.
Com peso de 3 kg, o combatente é capaz de colocar o RPG-32 em modo operacional em poucos segundos e manuseá-lo a partir de qualquer posição, incluindo em regime noturno. Não é de se admirar que a Basalt tenha sido premiada com medalhas de ‘garantia de segurança e qualidade’ pelo Hashim.
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