Durante o bloqueio de Leningrado, que durou de 8 de setembro de 1941 a 27 de janeiro de 1944, mais de 630 mil pessoas morreram de fome Foto: Getty Images/Fotobank
Os russos que sobreviveram a condições extremas e fome durante o cerco a Leningrado, na Segunda Guerra Mundial, podem ter se beneficiado de uma mutação genética que retardou seu metabolismo, de acordo com um estudo publicado este mês pela revista “Science”.
Em entrevista à revista russa “Ogonyok”, o geneticista e autor do estudo Oleg Glotov informou que os cientistas avaliaram 200 amostras de sangue retiradas de sobreviventes do bloqueio, que durou 872 dias.
O estudo avaliou a presença de marcadores genéticos envolvidos na troca de energia, consumo e regulação da temperatura no DNA de tais indivíduos. “Identificamos uma conexão entre a presença de certos marcadores genéticos e o fato de as pessoas terem sido capazes de sobreviver”, explicou Glotov.
Embora tenha destacado que outros fatores também foram responsáveis por influenciar as taxas de sobrevivência, o geneticista disse à “Ogonyok” que os cientistas darão continuidade aos experimentos para confirmar a hipótese levantada.
Durante o bloqueio de Leningrado, que durou de 8 de setembro de 1941 a 27 de janeiro de 1944, mais de 630 mil pessoas morreram de fome. Nesse período, as forças nazistas cortaram o fornecimento de alimentos para a cidade.
Publicado originalmente pelo The Moscow Times
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