O Google consolidou sua posição no país apenas recentemente. Mas o líder do mercado local ainda é o buscador Yandex Foto: EPA
O Google é uma das primeiras empresas estrangeiras na Rússia a transferir para o país os dados pessoais de cidadãos russos, cumprindo assim as exigências de uma nova lei que entrará em vigor a partir de setembro.
A empresa já havia começado a aquirir equipamentos para a transferência à Rússia há mais de um ano, de acordo com o jornal econômico russo RBC.
O jornal ainda apurou que o Google é proprietário de dezenas de servidores em centros de armazenamento de dados russos, segundo o diretor-geral da companhia Store Data, Anton Platonov , declarou em reunião no Ministério das Comunicações da Rússia.
Um dos participantes da reunião ainda teria relatado que o Google armazena suas informações nos servidores de sua “empresa pública de economia mista” e “não concede acesso a seus servidores a ninguém”, exceto aos próprios funcionários da companhia vindos do exterior.
Informações secretas
Questionado pela Gazeta Russa em coletiva de imprensa, o porta-voz do Google no país disse que não comentaria a situação.
Para o analista-chefe da Associação Russa de Comunicações Eletrônicas, Karen Kariaran, o Google poderia ter se adequado à nova lei de maneira muito mais econômica.
"Possivelmente, eles estejam planejando lançar novos serviços na Rússia e promover mais ativamente a tecnologia de armazenamento em nuvem”, disse Kariaran à Gazeta Russa.
O Google consolidou sua posição no país apenas recentemente. Mas o líder do mercado local ainda é o buscador Yandex.
De acordo com o site de estatísticas Liveinternet.ru, em janeiro de 2015 a fatia do mercado ocupada pelo Yandex caiu 2,8%, alcançando os 58,9%, enquanto a do Google cresceu 5,9%, chegando a 32,8%.
O auditório mensal de 62 milhões de usuários do Yandex é substancialmente superior ao do Google, de 49,4 milhões, segundo o site TNS. A pesquisa, no entanto, não considera as buscas realizadas a partir de aparelhos móveis.
Nesse quesito, o Google mantém a liderança do mercado, de acordo com relatório divulgado em fevereiro pela consultoria Morgan Stanley. Um dos motivos para isso é a impossibilidade de pré-instalar outros aplicativos a que o Google submete fabricantes de smartphones de sistema Android.
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