Quando as linhas magnéticas se cruzam na superfície solar, se dá algo semelhante a um curto-circuito Foto: Lori / Legion Media
No final de dezembro passado, os moradores locais e visitantes de Murmansk, na parte mais setentrional do oeste da Rússia, puderam novamente presenciar auroras boreais no céu da região – que chegou a ser tomado pelo fenômeno até cinco vezes por semana.
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“Na segunda metade do mês, registramos potentes explosões solares. Para termos uma ideia do fenômeno, sua potência foi milhões de vezes superior à da bomba lançada sobre Hiroshima, fabricada com material equivalente a cerca de 20 quilotoneladas de TNT”, explica Víktor Trochenkov, presidente da Sociedade Astronômica da Região de Murmansk.
Segundo o cientista, há pouco tempo o Sol atingiu mais um pico de sua atividade. Depois de ter atingido o auge, a atividade da estrela começou a esmorecer, e o campo magnético solar sofreu alterações. Nesse período, os astrônomos notaram numerosas explosões na superfície da estrela.
“Quando as linhas magnéticas se cruzam na superfície solar, se dá algo semelhante a um curto-circuito. É como se fizéssemos tocar os terminais mais e menos: veríamos uma faísca. Estes relâmpagos, embora de uma potência descomunalmente maior, surgem na superfície solar”, explica Stanislav Korótki, chefe do Observatório Ka-Dar.
No entanto, de acordo com os cientistas, esse belo fenômeno da natureza não é tão inofensivo como parece, já que pode provocar problemas de saúde e distorções nas transmissões radiofônicas.
A atividade solar, quando intensa, pode interferir nas ligações rádio e se tornar perigosa para satélites e astronautas. Além disso, as consequências das explosões são sentidas por humanos com saúde debilitada ou por aqueles que sofreram traumas cranianos. “Mas é pouco provável que um ser saudável seja afetado pelas referidas tempestades espaciais”, garante Korótki.
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